Não adianta apenas ter dinheiro. Tem que ser importante. Godzilla Minus One chegou sem muito alarde, mas surpreendeu o mundo cinéfilo em 2023. Não apenas pela qualidade como filme em si — uma história bem contada e com uma apresentação gloriosa do monstro gigante —, mas, também, por sua excelente aplicação de efeitos visuais.
Tendo custado apenas US$ 15 milhões de dólares — valor bem abaixo que os dos concorrentes —, o filme conseguiu inserir a computação gráfica de maneira satisfatória e orgânica na história, fazendo com que os efeitos ajudassem na imersão da narrativa. E este é um fato que merece ser festejado — afinal, o CGI (computer-generated imagery) vem sendo um problema em grandes produções, especialmente as da Marvel.
Claro, o fato de o diretor de Godzilla Minus One, Takashi Yamazaki, ser oriundo dos efeitos especiais colabora para que eles sejam tão bem aplicados no longa-metragem. As limitações orçamentárias eram muitas — mas, mesmo assim, deu certo.
Para efeito de comparação, os concorrentes diretos de Minus One no Oscar eram Resistência, que custou US$ 80 milhões, Napoleão, com orçamento de US$ 200 milhões, Guardiões da Galáxia Vol. 3, de US$ 250 milhões, e Missão: Impossível — Acerto de Contas: Parte 1, com o astronômico valor de US$ 291 milhões. E nenhum foi páreo para o lagartão japonês.
Vale destacar que este foi o primeiro Oscar para um filme do Godzilla — esse é 37º longa da franquia, que nasceu em 1954. Atualmente, o título contabiliza uma bilheteria de US$ 106 milhões ao redor do mundo.
Godzilla Minus One se passa em um Japão social e economicamente devastado após o término da Segunda Guerra Mundial, quando a situação chega a um nível ainda mais crítico por uma gigantesca e misteriosa criatura surgir do mar para assolar o país.
Por enquanto, o filme, que foi exibido nos cinemas brasileiros, não está disponível em nenhum streaming do país.