Patty Jenkins, diretora de Mulher-Maravilha, veio a público se manifestar sobre sua saída do terceiro filme da super-heroína. Ela confirmou que não está mais à frente do projeto, mas negou os boatos de que a decisão tenha sido sua. Na semana passada, o portal The Wrap noticiou que ela havia se desentendido com executivos da Warner sobre o arco narrativo da personagem.
"Isto simplesmente não é verdade. Eu nunca me afastei", escreveu Jenkins, em uma carta aberta publicada no Twitter. "Eu estava aberta a considerar qualquer coisa exigida de mim. Entendi que não havia nada que pudesse fazer para seguir em frente neste momento. A DC está obviamente afundada em mudanças que eles precisam fazer, então entendo que essas decisões são difíceis agora."
Jenkins explicou que havia deixado Rogue Squadron, projeto da franquia Star Wars, quando percebeu que seu desenvolvimento poderia atrasar Mulher-Maravilha 3. "Quando fiz isso, a Lucasfilm me pediu para considerar voltar depois, o que me deixou muito honrada, então aceitei. Eles fizeram um novo acordo comigo. Na verdade, ainda estou no projeto e ele está em desenvolvimento desde então. Não sei se ele vai acontecer ou não, não sabemos até que o processo de desenvolvimento esteja completo, mas eu estou ansiosa por seu potencial", escreveu.
A cineasta encerrou a carta agradecendo a Gal Gadot, intérprete da heroína: "Ela é a personificação da Mulher-Maravilha e uma pessoa ainda melhor do que o mundo pode imaginar". Ela também agradeceu aos fãs da franquia, e ressaltou que não queria "encerrar o que foi uma linda jornada em um tom negativo".
No texto, Jenkins não mencionou se o terceiro filme da Mulher-Maravilha foi cancelado pela DC, conforme os boatos. Com a entrada dos dois novos executivos James Gunn e Peter Safran, o estúdio está passando por uma mudança em seu universo cinematográfico, o que, a princípio, exclui dos planos sequências de O Homem de Aço, Adão Negro e Aquaman.
James Gunn respondeu a postagem de Jenkins confirmando o relato dela: "Posso atestar que todas as minhas interações com Peter (Safran) e você foram agradáveis e profissionais".
Boatos de desentendimentos
De acordo com a matéria do The Wrap, Jenkins teria chegado a entregar um roteiro inicial da sequência de Mulher-Maravilha 1984, mas os copresidentes da Warner Bros. Film Group, Michael De Luca e Pamela Abdy, não teriam gostado da direção que ela tomou com a personagem.
Embora Gunn e Safran tenham recebido o roteiro e concordado com a avaliação da dupla de executivos, a decisão de cancelar o filme não teria vindo deles, conforme o portal. De Luca e Abdy pediram que a cineasta fizesse modificações no projeto, mas ela teria recusado a proposta.
Em e-mail enviado para a dupla, Patty Jenkins teria dito que os dois "estavam errados, não a entendiam, não entendiam a personagem, nem o que significava um arco de personagem". De acordo com uma fonte interna, o e-mail terminava com um link da Wikipédia que trazia a definição de arco narrativo. A diretora teria recusado outras tentativas de conciliação.