A Waner Bros. reagiu ao processo movido por uma coprodutora de Matrix Resurrections pelo lançamento do filme simultaneamente nos cinemas e no streaming. A Village Roadshow Pictures alega quebra de contrato e diz que a decisão do estúdio afetou os ganhos de bilheteria.
A Warner respondeu que as ações da produtora são "dúbias e essa disputa é inventada". O estúdio diz que forneceu "compensação adicional" a todos os envolvidos na estratégia de lançamento híbrido, que incluiu outros títulos lançados durante a pandemia, como Duna e Tenet.
"Nossa única exceção foi justamente a Village Roadshow, que se recusou a honrar seu compromisso de pagar sua parte dos custos de produção, rejeitando a oportunidade que oferecemos para removê-los do risco de qualquer baixo desempenho financeiro".
O estúdio inferiu que a Village quis se beneficiar do contrato: "Em vez disso, a Village queria desfrutar do benefício de se manter publicamente como coproprietários e produtores, preservando um 'olhar livre' para o resultado final do desempenho do filme sem qualquer investimento financeiro de sua parte. Não é assim que conduzimos os negócios, certamente não com parceiros confiáveis."
Este é o capítulo mais recente de uma batalha crescente entre as produtoras que desejam lucrar com os lançamentos nos cinemas e os estúdios de Hollywood que querem aumentar o número de usuários em seus serviços de streaming. A WarnerMedia, o conglomerado de entretenimento do qual a Warner Bros. é subsidiária, exibiu seu catálogo de 2021 na HBO Max por conta da pandemia.
A ação vem na esteira do processo que Scarlett Johansson moveu contra os estúdios Disney por perda de receita porque Viúva Negra foi exibido na plataforma Disney+ quando ainda estava nos cinemas.
Matrix Resurrections é o quarto lançamento da trama estrelada por Keanu Reeves. No início de fevereiro, havia arrecadado cerca de US$ 37 milhões nas bilheterias norte-americanas. Em comparação, a primeira versão de Matrix, lançada em 1999, arrecadou US$ 172 milhões.