No início do século 20, com filmes como Cidade de Deus (Fernando Meirelles, 2002), o cinema brasileiro se aproximou da favela repleto de filtros fotográficos e outros elementos de mediação responsáveis por uma estetização glamourizante. Com Baronesa (Juliana Antunes, 2017), chega ao ápice uma tendência que, em caminho oposto, registra as periferias das grandes cidades do país a partir de um realismo calcado em fotografia e interpretações naturalistas e, com isso, uma crueza ao mesmo tempo estranha e familiar ao espectador, impactante justamente pela maneira naturalizada (ordinária) com que examina situações graves (extraordinárias).
Crítica
Filme brasileiro "Baronesa" mostra vida na favela a partir do ponto de vista feminino
Premiado longa-metragem de Juliana Antunes, que estreia nesta quinta-feira (14/6) em Porto Alegre, é um dos mais bem acabados exemplos de um novo realismo brasileiro
Daniel Feix
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