Se no recente The Post – A Guerra Secreta, Steven Spielberg encarnou o cineasta sóbrio à frente de temas solenes, como a liberdade de imprensa, em Jogador Nº 1, o diretor virou a chave para realizar, de forma quase simultânea, um filme na pegada que muitos de seus fãs mais gostam, combinando aventura e nostalgia.
A superprodução que estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas brasileiros proporcionou a Spielberg uma imersão sem limites – orçamentários e criativos – no universo da realidade virtual, com salvo-conduto para se divertir tanto quanto espera que o público se divirta diante da tela. E Spielberg se valeu disso para fazer uma série de homenagens no caminho da gincana percorrida por seu herói, Wade Watts (Tye Sheridan), que se lança na realidade artificial do mundo de Oasis com o avatar Parzival.
Ao longo da jornada, foram inseridas dezenas de imagens referenciais a filmes, seriados e games populares, sobretudo clássicos dos anos 1980. Algumas citações são evidentes, outras vão exigir olhos atentos e futuras revisões para serem pescadas.
Spielberg faz em Jogador Nº 1 um recorrido de imagens consagradas na cultura pop, que vão da auto-homenagem com seu T-Rex redivivo de Parque dos Dinossauros ao carinho naqueles que muitas horas já gastaram tentando avançar as fases de games como Street Fighter e Tomb Raider. Vai aos anos 1960 para lembrar saudosas atrações de TV como a animação japonesa Speed Racer e o psicodélico seriado Batman, pegando pelo caminho o Gigante de Ferro do celebrado desenho homônimo da década de 1990.
Nas ruas de Oasis, também poderão ser vistos, entre outros carros famosos, o DeLorean viajante no tempo pilotado por Marty McFly em De Volta para o Futuro, e oInterceptor V8 com o qual Mad Max persegue motoqueiros malfeitores.
A lista de homenagens previamente anunciada é grande: tem ainda figuraças como como King Kong, Godzilla, Chucky e Ferris Bueller, e um tributo de Spielberg a um de seus mestres: Stanley Kubrick é lembrado com referências a 2001: Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado.