Artes

Diferentes olhares

Artistas refletem sobre pandemia e novo normal em exposições virtuais

Um ano após a chegada da covid-19, inúmeras obras retratam o isolamento social e o novo cotidiano

GZH

Angela Pimentel / Divulgação
Autorretrato de Angela Pimentel em "(In) Transitório", disponível na UAV Digital de Caxias do Sul

Um ano pandemia adentro, o coronavírus não transformou apenas a vida de grande parte da humanidade, como redefiniu o trabalho de artistas, que encontram na nova realidade uma fonte de inquietude e inspiração. Mesmo com os museus fechados e viagens suspensas, é possível descobrir parte desses novos desdobramentos artísticos no mundo virtual. 

Aqui no Rio Grande do Sul, a fotógrafa caxiense Angela Pimentel assina a mostra online (In) Transitório, seleção de 16 obras criadas entre julho e outubro do último ano. São retratos íntimos do cotidiano que buscam representar inúmeras ansiedades ligadas à covid-19 e ao isolamento social, do medo da morte ao desejo de transformação.

Concebida a partir de um miniquestionário nas redes sociais, pelo qual a artista pode vislumbrar como outras pessoas estavam lidando com o confinamento, a exposição está disponível na Unidade de Artes Visuais Digital do Centro Municipal de Cultura de Caxias do Sul (via gzh.rs/intransitorio). Além das imagens, é possível acompanhar uma visita virtual.

Queerentena, do Museu da Diversidade Sexual, por sua vez, explora como artistas LGBT+ de todo o país receberam e reagiram ao "novo normal". "O que há de diferente agora para quem é posto sempre à margem?", questionam os curadores; "Como nosso corpo trancado reage ao que está fora?". 

As respostas são diversas, expostas em 60 obras, entre pinturas, ilustrações, fotografias e vídeos. A seleção foi de Franco Reinaudo e Bruna Provazi, que dividiram a exposição nos seguimentos Inspira e Expira. Ambas as partes estão disponíveis na plataforma Google Arts & Culture, via gzh.rs/queerentena.

Dentro do mesmo aplicativo, Curating the End of the World ("Curadoria do Fim do Mundo"), é um testemunho de que os brasileiros não foram os únicos afetados por 2020. Com curadoria de Reynaldo Anderson e Stacey Robinson, do Black Speculative Arts Movement, a mostra conta com artistas negros de diferentes nacionalidades, refletindo sobre um ano que foi marcado, além da pandemia, por grandes discussões sobre racismo, colapso político e mudança climática.

Disponível em inglês, a exposição mescla colagens, poesia, vídeos, trechos de graphic novels e outras expressões artísticas. É possível acessar o conteúdo em gzh.rs/curating-theend. Todas as mostras são gratuitas.

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