Dos espaços culturais fechados em março na Capital em razão da pandemia, museus e galerias de arte foram os primeiros a retomar as atividades, em outubro, adaptados ao “novo normal”. O público voltou a respirar os encantos das artes visuais seguindo uma série de protocolos de segurança. Veja abaixo as exposições em cartaz no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), na Fundação Iberê Camargo e no Farol Santander.
Entre vigas e esferas
A exposição montada na área principal do Margs é Momentum, do artista Túlio Pinto, que conta com esculturas de grande porte. Vigas, pedras, esferas de vidro e outros elementos se cruzam propondo uma reflexão sobre a vida.
Em outros espaços do museu, o público pode conhecer as mostras Gostem ou Não — Artistas Mulheres no Acervo do Margs, Mariza Carpes – Digo de Onde Venho, Bruno Borne – Ponto Vernal e Acervo em Movimento. Esta última homenageia o centenário de três artistas: Carlos Scliar (1920—2001), Fayga Ostrower (1920—2001) e Wilbur Olmedo (1920—1998).
O Margs fica na Praça da Alfândega, no Centro Histórico. A visitação ocorre de terça a domingo, das 10h às 19h, com entrada franca. Podem circular 15 pessoas por vez, que são acompanhadas por monitores e seguranças.
Do Brasil para o mundo
A mostra inédita Pardo É Papel, de Maxwell Alexandre, é destaque da Fundação Iberê Camargo. Na série de trabalhos, o artista retrata o imaginário de questões ligadas à negritude. A fragilidade do papel pardo é uma das características das algumas obras, que expõem fitas e rasgos.
Artista que projetou seu trabalho desde a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, Maxwell Alexandre estreou Pardo É Papel em Lyon, na França, e, antes de chegar a Porto Alegre, ficou em cartaz no Museu de Arte do Rio. Em 2022, terá paradas em São Paulo e Nova York. No local, também estão as exposições O Fio de Ariadne, com trabalhos de Iberê Camargo, e Tudo Vem do Nosso Pátio, uma coleção de gravuras de 34 artistas gaúchos.
O espaço cultural fica na Av. Padre Cacique, 2.000, aberto de sexta-feira a domingo, das 14h às 18h. Para visitar, é necessário comprar ingresso (com valores entre R$ 10 e R$ 70) e realizar o agendamento pelo site Sympla.
Arte brasileira
O Farol Santander estreia em sua reabertura a mostra Contemporâneo, Sempre – Coleção Santander Brasil, panorama de 70 anos de arte brasileira. A exposição reúne 64 trabalhos, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias das mais de 2 mil obras do acervo do banco Santander. Entre os nomes reunidos, estão Alfredo Volpi, Tomie Ohtake, Di Cavalcanti, Candido Portinari, Claudia Andujar e John Graz. A exposição itinerante ganha na Capital obras de artistas gaúchos — Zoravia Bettiol, Glauco Rodrigues e Xico Stockinger —, além de um trabalho do paulista Cássio Vasconcelos.
Também pode ser visitada a instalação visual imersiva Gigantas, do duo Nonotak Studio, concebida especialmente para o espaço e inaugurada em março, pouco antes da paralisação das atividades. O local também exibe as mostras permanente Memória e Identidade e O Outro Lado da Moeda.
O Farol Santander fica na Rua Sete de Setembro, 1.028, no Centro Histórico, com visitações de terça a domingo, das 12h às 18h. A visita deve ser agendada previamente pela plataforma Sympla, com ingressos a R$ 15.