"Sei que a gente deve superar as perdas e seguir adiante. Mas, enquanto é recente, espera encontrar de volta." As palavras são do artista Eduardo Marinho, idealizador do projeto Via Celestina, que teve seu computador, com material do documentário, furtado em Santa Maria, no centro do Estado, na tarde desta terça-feira (5).
Com Via Celestina, Marinho atravessou o Brasil retratando o cotidiano dos artistas de rua. Ex-estudante de direito que abandonou a vida na classe média para se dedicar à vocação artística, o capixaba já teve sua trajetória transformada em filme, no Observar e Absorver, de 2016. Agora, ele pede que seu equipamento seja devolvido, não apenas pelo aspecto material, mas também em função das gravações e conteúdos que foram perdidos junto ao computador.
Segundo ele, estavam no HD todo o material gravado para o filme e "mais um monte de material de trabalho, textos, vídeos, áudios, gravações no rio Doce, muita coisa publicada e a publicar, além de coisas pessoais, fotos de todo o tipo. Arquivos sem conta, textos inacabados, fotos esperando os temas pra serem publicadas, ideias, esboços, acontecimentos, registros, fotos de família".
Com tranquilidade, Marinho relatou o ocorrido em seu blog, destacando que Celestina, sua kombi "velha e cheia de cicatrizes" costuma despertar mais simpatia do que ambição. O notebook, que foi deixado dentro do automóvel durante o horário do almoço, foi o único item furtado.
O artista, que estava em Santa Maria para divulgar seu trabalho, passou pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e pelo Atelier da Casa 9. Marinho, contudo, destacou a receptividade da cidade, apesar do acontecido: "Santa Maria nos recebeu de braços abertos, fomos muito bem acolhidos nos lugares onde ficamos, entre a casa do Renato e a casa nove, onde projetamos o filme e trocamos ideias".
Na publicação, ele ainda informou que está a caminho de Passo Fundo agora, mas que qualquer informação sobre o notebook furtado é bem-vinda. O artista pode ser contatado por seu blog ou página no Facebook.