O calendário marcava 16 de novembro de 1955. A data ficaria marcada para a história da capital gaúcha, pois, às 18h daquela quarta-feira, iniciava-se a primeira edição da Feira do Livro de Porto Alegre. O evento, criado com o intuito de ser uma grande livraria/biblioteca a céu aberto e acessível a toda a população, teve como palco, sempre e desde então, a Praça da Alfândega, no Centro Histórico.
A ideia da Feira partiu do diretor-secretário do extinto jornal Diário de Notícias, o jornalista Say Marques, que, junto a livreiros, editores e escritores gaúchos, pôde polir seu plano e desenvolvê-lo. Entre os nomes que se empenharam para essa primeira realização, estão Maurício Rosenblatt, Henrique e José Bertaso, Leopoldo e Nelson Boeck, Augusto Cunha Carneiro, Ernani Nerva, Egon Poetter e os lusitanos Ruy Diniz Netto e Edgardo Xavier.
Diferentemente de sua primeira edição, em que havia apenas venda de livros, 14 bancas e algumas sessões de autógrafo, hoje a feira conta com cerca de cem expositores, além de eventos como mesas-redondas, oficinas e palestras. Em sua 65ª edição, no ano passado, mais de um milhão de pessoas visitaram a praça tomada por obras novas e antigas.
Realizado pela Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), o evento é considerado referência no país por ter caráter democrático e uma programação cultural 100% gratuita. Desde sua segunda edição, a feira é realizada a partir da última sexta-feira de outubro e vai até o dia 15 de novembro.
Neste ano, em razão da pandemia, a Feira do Livro ocorre em formato virtual e, por conta disso, tem alcançado também leitores de outros Estados brasileiros. Caso você queira aproveitar esta 66ª edição da feira, é preciso se apressar, pois ela acaba neste final de semana. Para participar, basta acessar o site (www.feiradolivropoa.com.br) e escolher o evento que deseja acompanhar.
Colaboração de Giordana Cunha