Aguardado com expectativa, será lançado hoje, às 18h30min, no Boulevard Laçador (Avenida dos Estados, 111, bairro São João, na Capital), com sessão de autógrafos, o livro Berta – Os Anos Dourados da Varig, do jornalista Mario de Albuquerque. O autor ocupou o cargo de gerente regional de marketing e trabalhou na empresa por cerca de 40 anos. Não por outro motivo, é conhecido como "Mario da Varig".Na obra, o jornalista conta seu relacionamento com os fundadores da empresa, Otto Meyer e Ruben Berta.
Segundo ele, são narrados fatos históricos nunca antes revelados. Ele fala, por exemplo, da introdução do avião Super Constellation, em 1955, que marcou o início da rota para Nova York, e conta detalhes de como aconteceu a famosa disputa entre a Varig e a Pan American, então a maior empresa aérea do mundo. Nesse episódio, que foi chamado de confronto entre David e Golias, a Varig saiu vitoriosa graças à eficiência da manutenção, atendimento exemplar e um espetacular serviço de bordo.
O texto aborda o pioneirismo da era do jato, com a chegada do Caravelle, em 1959, e, logo em seguida, com a introdução do Boeing-707, firmando a imagem da companhia aérea brasileira no setor internacional. Discorre sobre a aquisição da Real Aerovias (Redes Estaduais Aéreas Ltda), em 1961, e comenta o relacionamento de Berta com os governantes, especialmente com Getúlio Vargas, além de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, e também com a junta militar. Descreve também a aquisição da Panair do Brasil, como tudo isso aconteceu, e revela uma figura enigmática que foi a responsável pela ligação de Berta com o governo militar, caso até hoje mantido em segredo.
Durante sua trajetória na empresa, o autor conviveu, além de Otto Meyer e Berta, com os presidentes Erik de Carvalho, Hélio Smidt e Rubel Thomas. No livro, conta lances que envolveram cada um deles e suas consequências para a Varig. Assinala, também, em suas 414 páginas e 300 ilustrações, o fato de a Varig, nas gestões de Smidt e Rubel, ter desdenhado da figura de Lula, abrindo espaço para a penetração da TAM.
É uma edição de fôlego, onde os acontecimentos são contados em 19 capítulos, cada um com início, meio e fim, permitindo que a leitura possa ser interrompida e recomeçada, sem prejuízo da narrativa.