Há exatamente um ano, os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips direcionavam os olhos do país para o Vale do Javari, região do Amazonas que enfrenta uma série de desafios que têm relação direta com a preservação das florestas e dos povos indígenas – causas às quais as vítimas dedicaram suas vidas. Apresentando o caso, seus precedentes e suas consequências, o documentário Vale dos Isolados: O Assassinato de Bruno e Dom acaba de ser disponibilizado no Globoplay.
A produção é conduzida pela jornalista Sônia Bridi, que acompanhou as investigações desde o início. Ela apresenta ao público materiais exclusivos, como o momento em que a equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) encontra uma série de objetos pertencentes a Bruno e Dom que não haviam sido localizados pela polícia até aquele momento.
– A intenção dos criminosos era matar o Bruno, que trabalhava, principalmente, em defesa dos povos isolados, e o Dom foi morto porque estava junto com ele – contou Bridi, em material da Globo enviado à imprensa. –
Na Terra Indígena Vale do Javari, há pelo menos 16 grupos de indígenas isolados, além de seis etnias contatadas pelos brancos em diferentes épocas.
Nos cem dias em que passou na Amazônia, a equipe visitou aldeias e conversou com lideranças indígenas, amigos de Bruno e Dom, autoridades e pescadores ilegais. Uma das conclusões é a de que a negligência histórica do Estado com os povos originários é uma das raízes dos conflitos que se instauraram na região – e que culminaram nos assassinatos.
– Muitos brancos foram para aquela região numa época em que a “ocupação” da Amazônia era incentivada pelo governo, o que resultou numa série de conflitos entre esses brancos e os povos originários que já viviam lá. Ao longo das últimas décadas, houve vários massacres de indígenas isolados, e a maioria sequer foi investigada – explicou a roteirista Cristine Kist.
Fernando Anitelli em formato voz e violão
Fernando Anitelli faz do seu show um espetáculo que resgata as raízes do grupo O Teatro Mágico. Nesta sexta-feira (9), às 21h, ele traz para Porto Alegre uma apresentação onde o repertório da banda será executado em formato voz e violão, dando um tom mais intimista a canções como O Anjo Mais Velho e Pena. O show será no Teatro Unisinos (Av. Nilo Peçanha, 1.600), com ingresso a partir de R$ 45 na bilheteira virtual.
“Três Dias que Mudaram Tudo” na Netflix
No top 10 da Netflix desde que estreou, em 1º de junho, a minissérie Três Dias que Mudaram Tudo conta a história do acidente nuclear de Fukushima, ocorrido em 2011, na costa leste do Japão. Ao longo de oito episódios, a produção acompanha o governo, a organização que gerenciava a usina e os trabalhadores que arriscaram suas vidas para evitar o desastre.
O segredo do bem-viver no “Globo Repórter”
O Globo Repórter desta sexta-feira (9) leva os espectadores até a Serra da Estrela, em Portugal. A reportagem de Leonardo Monteiro irá mostrar como é a vida de quem mora na região, conhecida pelos castelos medievais e pelos vilarejos de montanha. O programa apresenta ainda características locais como a produção de lã e a fé em Nossa Senhora da Boa Estrela.
– Esse programa é uma receita de bem-viver. Encontramos pessoas, que, ainda jovens, trocaram a cidade grande pelo Interior para, de fato, terem mais tempo para viver – apontou o jornalista, em material enviado à imprensa.