Os dois suspeitos presos pelo desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips confessaram o crime nesta quarta-feira (15). A informação é do jornal O Globo. Eles foram levados para a área onde as buscas pela dupla estavam concentradas. As duas vítimas não são vistas desde 5 de junho, quando sumiram na região do Vale do Javari.
No começo da tarde, a Band já havia divulgado a informação da confissão de um dos suspeitos presos, com o repórter Valteno de Oliveira. Segundo ele, os corpos do indigenista e do jornalista foram incendiados.
Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, estão presos temporariamente pelo crime. O primeiro a ser detido foi Amarildo, em 8 de junho, três dias após o desaparecimento. O segundo suspeito de participação nos desaparecimentos, Oseney, foi capturado nesta terça-feira (14).
No último domingo (12), a Polícia Federal informou que encontrou um cartão de saúde, uma calça, um chinelo e um par de botas pertencentes ao indigenista em uma mochila encontrada durante a tarde. No local, também estavam um par de botas e uma mochila com roupas de Dom Phillips.
Pereira e Phillips percorriam a região do Vale do Javari. Pereira orientava moradores da região a denunciar irregularidades cometidas em reserva indígena e o jornalista estrangeiro acompanhava o trabalho para registrar em livro que pretendia escrever.
Eles foram vistos pela última vez na manhã do dia 5, na comunidade de São Gabriel, não muito longe de seu destino, a cidade de Atalaia do Norte. Testemunhas disseram que viram o pescador Amarildo Oliveira, de 41 anos, passar de lancha em alta velocidade na mesma direção que Phillips e Pereira, pouco antes do desaparecimento.
Ainda nesta quarta-feira (15), a PF deve divulgar resultado de testes de DNA feitos em vestígios humanos que foram encontrados durante as investigações. Parentes de Pereira e Phillips cederam amostras para comparação.