SALA REDENÇÃO 2018
Há 30 anos exibindo bons filmes no Campus Central da UFRGS, a Sala Redenção dá início hoje a sua temporada 2018. E o tradicional espaço cinéfilo de Porto Alegre, que tem como características a entrada sempre gratuita e a projeção de ciclos temáticos, retoma as atividades repaginada. Um coletivo de alunos do Instituto de Artes da UFRGS realizou intervenções na fachada e no interior do espaço - um dos trabalhos é um painel referente ao clássico Viagem à Lua (1902), obra seminal do cineasta Georges Méliès.
Como primeira atração do ano, a Sala Redenção promove o lançamento, às 19h, do documentário O Jabuti e a Anta (na foto acima), com presença de sua autora, a premiada documentarista paulista Eliza Capai, para conversar com o público - a produção destaca o impacto das construções de usinas hidrelétricas nas comunidades ribeirinhas do Brasil. Antes, às 16h, serão exibidos outros dois filmes da cineasta, o curta No Devagar Depressa dos Tempos (2014) e Tão Longe é Aqui (2013).
A próxima atração da Sala Redenção, a partir de 9 de abril, é uma grande retrospectiva dedicada ao diretor sueco Ingmar Bergman. No próximo ano, o espaço deve ser equipado com um moderno sistema de projeção DCP.
CADA UM É UMA ILHA
As salas Xico Stockinger e Sotero Cosme, ambas no sexto andar da Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736), inauguram hoje a exposição Insulares, que pretende ampliar a visibilidade e legitimar parte da produção atual do Rio Grande do Sul. Com 95 obras de 56 artistas, a mostra tem o pelotense Mário Röhnelt como artista homenageado (é dele a obra acima). A curadoria é assinada por Ana Zavadil e Letícia Lau. Insulares pode ser visitada até 10 de junho, de terça a sexta, das 9h às 18h30min, e aos fins de semana, das 14h às 18h30min.
DANÇA EM DOBRO
O espetáculo de dança Patas Arriba, com direção artística e coreografia de Rui Moreira, será apresentado hoje, às 20h30min, no Teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Av. Independência, 75) com uma novidade: Fronteiras, espetáculo criado em parceria com Andréa Spolaor, será apresentado pela primeira vez na abertura do evento. Fronteiras é a primeira coreografia criada por Rui Moreira após se radicar em Porto Alegre e passa pela vontade e estímulo lúdico de transpor os limites dos territórios corporais. Já Patas Arriba, inspirado no livro homônimo de Eduardo Galeano, foi concebido em 2014 como uma apresentação engajado no questionamento de uma sociedade controversa. Os ingressos custam R$ 20 e podem ser comprados na hora. As duas montagens seguem para Jaguarão e Pelotas em maio.