Luciano Ribeiro Pires*
Luxemburgo é uma belíssima cidade a descobrir. Para chegar lá, a saída foi pela Gare del´Est, uma famosa estação de trens de Paris. O caminho foi feito pelo TGV, um trem de alta velocidade, em uma viagem de quase três horas, passando pela região de Champagne- Ardenne, percorrendo planícies e leves ondulações na região onde é produzido o mais clássico e legítimo espumante. Chegando a Luxemburgo, que é a capital do país de mesmo nome, as primeiras impressões são de limpeza e organização da estação de trem.
A nação é uma das menores da Europa, com cerca de 602 mil habitantes em uma área de 2.586 km2. A renda per capita, contudo, é uma das mais altas do mundo: US$ 104 mil (no Brasil, era de US$ 9,8 mil em 2017).
Até o hotel, fui me perdendo por algumas ruas. Desci belas ladeiras, avistei a paisagem por um mirante, as árvores coloridas, pontes antigas, antigos fortes – um colírio.
Após subir uma lomba íngreme, recomecei a caminhada no centro da cidade pela Praça Guillaume II (ou William II), onde há uma estátua equestre deste que foi monarca de Luxemburgo e da Holanda em forma simultânea no século 19. Aqui também está situado o Hotel de Ville, a prefeitura da cidade de Luxemburgo.
Logo próximo, encontra-se a Place d´Armes, a Praça das Armas, onde fica o Cercle Municipal, onde são realizados eventos culturais. A própria praça é um ótimo lugar para sentar e apreciar o passeio de moradores e turistas e as vitrines de confeitarias e lojas de roupas e artigos culturais.
Mais adiante, cheguei ao Parque Municipal, que estava lindo com as cores do outono – folhas amarelas, laranja e vermelhas caíam e enfeitavam os verdejantes gramados. O cenário também conta com lagos onde estão muitos patos e outras charmosas aves.
A Adolf Bridge é um dos símbolos do país, uma ponte de pedra em arco. Ela foi construída no início do século 20 e passa por cima do Rio Pétrusse. Voltando pela mesma ponte, encontrei a Catedral Notre Dame de Luxemburgo, uma igreja católica que teve sua obra iniciada em 1613.
Depois, segui pelas ladeiras para dar uma passadinha em frente ao Palais Grand Ducal, residência oficial do Grão-Duque de Luxemburgo. Aliás, aqui é o último grão-ducado ainda existente no mundo.
De cima da Ponte Charlotte, pude ter uma vista maravilhosa da cidade. Antes do descanso da noite, fiz uma passagem por uma pequena igreja, a de Saint Michel, onde estava ocorrendo o ensaio de um concerto. Olhei, ouvi e senti um momento de reflexão e de elevação da alma.
Posso considerar que Luxemburgo foi a mais bela cidade já visitada por mim em um outono europeu. Cada metro quadrado parecia uma pintura. Um luxo!
História e música
- Na Praça da Constituição, fica localizado o Gëlle Fra, monumento em homenagem aos milhares de luxemburgueses que morreram na Primeira Guerra Mundial.
- Kirchberg é o bairro mais moderno e tem vista para a parte histórica da cidade. O caminho percorrido é margeando o Rio Alzette, deparando com lindas casas e paisagens, passando por baixo da Ponte Charlotte e depois subindo. Seguindo pela Avenida Presidente F. Kennedy, chega- se à Filarmônica de Luxemburgo, uma belíssima sala de concertos.
* Servidor público e viajante