Por Geoffrey Morrison
Viajo muito. Todo ano, passo meses vivendo e trabalhando em vários lugares ao redor do mundo. Por isso, tenho de afinar meus processos para me sentir tão à vontade na estrada como em casa.
Mas nem sempre foi assim. Como a grande maioria, eu costumava tirar férias só uma vez por ano, saindo por aí com uma mala enorme e um itinerário rígido, pulando de hotel em hotel, todo esbaforido por causa de horários de conexões de trem e reservas de passeios.
Era um estresse desnecessário nas duas únicas semanas do ano em que eu deveria relaxar. Assim, depois de anos trabalhando como nômade digital, descobri um jeito de driblar a tensão. Aqui vão algumas das minhas dicas.
Leve menos
Passo quatro meses e meio longe de casa com uma mochila um pouquinho maior do que uma mala de mão, mas já conheci gente que leva menos ainda (a maior parte da minha bagagem tem a ver com o trabalho).
Se você for ficar fora mais do que uma semana, reserve umas horinhas para lavar roupa ou invista no serviço de lavanderia. Ter mais mobilidade é maravilhosamente libertador.
Planeje menos
Este é um conselho que parece meio contraditório, mas a verdade é que, se planejar menos, você vai se estressar menos. Claro, ter o itinerário milimetricamente planejado pode parecer perfeito hoje, quando você pensa no futuro, mas, assim que chegar lá, certamente vai se sentir pressionado e ansioso até a parada seguinte.
Faça uma lista das coisas que quer ver/fazer, por que não? Só se permita bastante flexibilidade. Você não vai conseguir ver tudo; portanto, aproveite o que puder e não se apresse. Com menos planejamento, é possível ficar mais nos lugares de que você gosta – e ir embora mais cedo dos que não lhe agradam tanto.
Desacelere
Essa é difícil – e me desculpe se pareço meio arrogante, mas querer ver 15 cidades em 14 dias só vai fazê-lo infeliz. Tento passar pelo menos três dias em cada lugar, o que me dá tempo de sentir o clima local e decidir se quero ficar ou ir embora. Cada um tem um ritmo próprio, mas, se você for trocar de hotel dia sim, dia não, vai acabar exausto.
Deixe o telefone ligado
Desative o e-mail de trabalho e as notificações, mas mantenha o acesso à internet. Google Maps, Google Translate, sites de guias de viagem e aplicativos de mensagens para manter contato com a família e os amigos são essenciais.
Instale os apps certos
Só tem uma meia dúzia do que eu chamo de aplicativos “de viagem” dos quais não abro mão: Google Maps e Translate são os mais óbvios, e ambos funcionam, em grande parte, offline, se você baixar o conteúdo certo antes de viajar.
Os que dão uma mãozinha na hora de fazer reserva como Booking, Orbitz e Hostelworld também são bem úteis. Um que é excelente é o Rome2rio, que vai ajudá-lo a ir de um lugar a outro por qualquer meio de transporte: ônibus, balsa, trem ou avião. Oferece um apanhado bem mais completo das opções disponíveis e dos custos do que o próprio Google Maps – e, quando você estiver tentando ir de Tessalônica para Dubrovnik ou de Hakodate para Nagano, isso é imprescindível.