Festas de final de ano, descanso do trabalho e férias de escolas e universidades contribuirão para carregar o trânsito nas rodovias gaúchas nas próximas semanas.
A exemplo dos últimos anos, Zero Hora percorreu as principais rodovias de acesso a municípios do Litoral Norte, destino de milhares de visitantes da Serra e Região Metropolitana.
O objetivo é antecipar o que os veranistas devem encontrar nos próximos meses e mostrar o que mudou em relação à temporada passada.
Entre segunda-feira (4) e quarta-feira (6), equipes de reportagem se deslocaram da Região Metropolitana e da Serra para observar o estado de oito dos principais trajetos utilizados pelos veranistas no período.
As avaliações consideraram cinco pontos, três deles baseados na metodologia usada na Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias: geometria da via, pavimento e sinalização.
Além desses pontos, Zero Hora também analisou a limpeza das rodovias e serviços disponíveis:
- Geometria: avalia as condições de tráfego, como presença de faixa adicional, pontes, viadutos e acostamentos
- Pavimento: analisa a situação do asfalto
- Sinalização: diz respeito às placas verticais e horizontais, além da pintura da pista
- Limpeza: observa a situação da capina às margens das rodovias e presença ou não de acúmulo de lixo
- Serviços: avalia presença de guinchos, ambulâncias e demais serviços disponibilizados aos usuários
Com início na divisa entre Viamão e Porto Alegre, a RS-040 está com asfalto em boas condições e sem buracos. A quantidade de placas é um ponto positivo, mas algumas delas estão em meio à vegetação.
A pista simples na maior parte do trecho e o acostamento inexistente ou precário, problemas antigos na via, vão se repetir no verão. A rodovia se estende por 95 quilômetros até Balneário Pinhal, e é administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) nos 11 quilômetros iniciais e, depois desse ponto, pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) até o litoral.
A Interpraias – ou RS-786 – tem asfalto irregular e sinalização deficiente em todo o trecho. A rodovia tem 57,6 quilômetros de extensão e atravessa praias e centros urbanos de Palmares do Sul, Balneário Pinhal, Cidreira, Tramandaí e Imbé, no Litoral Norte. A via recebeu investimento para melhorar um trecho da pista na Praia de Magistério (Balneário Pinhal). O acesso é administrado pelo Daer.
Localizada entre Osório e Torres, a Estrada do Mar (RS-389) oferece pista sem buracos durante todo o trajeto. Os problemas identificados são a falta de iluminação reflexiva e a precariedade de placas. O Daer também é o responsável pelo trecho.
O asfalto desnivelado é o principal obstáculo para quem pretende utilizar a freeway rumo ao Litoral Norte neste verão. Uma das rodovias mais movimentadas durante a alta temporada permanece com problemas de pavimentação, mas oferece boa sinalização aos condutores. Os buracos diminuíram, mas seguem sendo registrados. A concessionária CCR Via Sul promete reforçar o serviço de pavimentação.
Uma das principais ligações entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a BR-101 apresenta trechos com buracos e desníveis. O problema ocorre principalmente no sentido sul-norte. Pontos entre Osório e Terra de Areia apresentam desníveis profundos e trechos esburacados. A CCR se compromete a reparar as irregularidades. A rodovia está bem sinalizada.
Na RS-407 o principal alerta é em relação às falhas na sinalização. Muitas placas estão mal colocadas, cobertas pela vegetação ou distantes da visão do motorista. Há um quebra-molas sem sinalização, e um trecho de asfalto deteriorado no perímetro urbano de Xangri-lá. O Daer afirmou que dará atenção a esse ponto.
A RS-030 segue apresentando diversos problemas na conservação de placas de sinalização e na ausência de acostamento. Quando há espaço para os carros pararem, o pavimento não apresenta condições adequadas. Os pontos mais críticos ficam no segmento entre Gravataí e Osório. A partir do cruzamento com a freeway, até a entrada de Tramandaí, as condições da rodovia melhoram.
A Rota do Sol, entre a Serra e o Litoral, tem pontos com desníveis no asfalto e falta de sinalização. Os trechos mais delicados estão localizados entre o distrito caxiense de Fazenda Souza e Lajeado Grande, em São Francisco de Paula. Foram analisados 164 quilômetros que ligam Caxias do Sul a Terra de Areia, nas rodovias RS-122, RS-453 e RS-486.