Uma das principais rotas para quem veraneia na praia de Atlântida, em Xangri-lá, e em Capão da Canoa, a RS-407 registra problemas de sinalização e vegetação. Com a proximidade do verão, Zero Hora realiza o raio X das estradas que levam para o litoral do Rio Grande do Sul.
A RS-407 tem cerca de 15 quilômetros e liga a BR-101, na localidade de Morro Alto em Maquiné, ao centro de Capão da Canoa. A rodovia é administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
Zero Hora realizou o deslocamento no dia 4 de novembro e percebeu ausência de acostamento e refúgios, buracos, vegetação alta e má localização de placas.
Pavimentação
O asfalto da RS-407 apresenta irregularidades em alguns pontos. O principal deles fica localizado próximo ao pórtico de Xangri-lá, no sentido Capital-Litoral, logo depois da rotatória da Estrada do Mar. Nesse ponto, há descasques, rachaduras e desníveis que exigem atenção redobrada dos motoristas.
Há outros trechos com pequenos desgastes. No perímetro urbano de Capão da Canoa, o estado de conservação é bom.
Geometria
A RS-407 possui pista simples e carece de acostamento em praticamente toda sua extensão. Desde Morro Alto até chegar no perímetro urbano de Capão da Canoa o entorno da estrada é coberto por mato, e não há opções seguras para o condutor parar o seu veículo.
O único refúgio fica logo após a Estrada do Mar no sentido Litoral-Capital. A partir da área urbana, as paradas de emergência são possibilitadas pela presença de estabelecimentos comerciais.
O trecho urbano entre Xangri-lá e Capão da Canoa, a partir do entroncamento com a Avenida Central em Atlântida, é o que apresenta melhores condições. Esta parte da rodovia foi duplicada em 2023 e conta com uma ciclovia entre as duas pistas. Apesar de registrar acúmulo de água, ela apresentava bom estado quando a reportagem esteve no local.
Sinalização
O principal problema para quem utiliza a RS-407 é a sinalização. Muitas placas estão mal colocadas, cobertas pela vegetação ou distantes da visão do motorista.
O alto volume de vegetação faz com que as placas fiquem pouco visíveis. Em Morro Alto, uma placa que indica o limite de velocidade está encoberta por folhagens. No mesmo ponto, outra sinalização vertical, que indica a parada de ônibus, está caída no chão.
Em frente a uma escola nesta localidade há uma passagem elevada de pedestres. No entanto, as placas estão colocadas muito próximo da estrutura e distantes da faixa de rolamento. Uma delas fica em cima do estacionamento da escola. Quando há carros parados, quem está na rodovia não visualiza o alerta.
No perímetro urbano de Xangri-lá, há um quebra-molas que também não está sinalizado, fazendo com que o motorista passe sem estar na velocidade adequada e com risco de causar danos no automóvel.
— Há placas que estão no meio do mato. A gente não consegue ver elas. O motorista se assusta, freia na hora — relata o morador de Terra de Areia, Emanuel Henriques, que utiliza a estrada frequentemente. Segundo ele, caminhões, por vezes, passam reto no quebra-molas, sem parar.
Limpeza
A ausência de capina no mato do entorno da estrada é a principal causa para os problemas de sinalização citados acima. Não há registro de acúmulo de lixo feito pela reportagem.
Serviço
Não há serviços de ambulância e guincho. Quem presta atendimento médico em caso de emergências é o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), pelo telefone 198. A orientação para problemas com o veículo é acionar o serviço particular ou de segurado. Os bombeiros podem ser acionados pelo 193.
O que diz o Daer
Questionado, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem considera que a passagem de pedestre elevada defronte uma escola de Morro Alto em Maquiné está sinalizada de forma horizontal e vertical. Não há contrato de revitalização da estrutura previsto no momento. Sobre a lombada no perímetro urbano de Xangri-lá (bairro Guará), o órgão afirma que a prefeitura está notificada a respeito, pois a sua colocação não foi autorizada.
O departamento afirma que realizará um serviço de roçada na rodovia nas próximas semana para baixar o volume da vegetação.
O Daer relata, ainda, que a RS-407 recebeu uma capa asfáltica no segundo semestre de 2023 e que a operação tapa buracos é feita frequentemente. Ainda assim, o órgão se comprometeu a dar maior atenção ao trecho de Xangri-lá citado pela reportagem.