O asfalto desnivelado é o principal obstáculo para quem pretende utilizar a freeway rumo ao Litoral Norte neste verão. Uma das rodovias mais movimentadas durante a alta temporada permanece com problemas de pavimentação, mas oferece boa sinalização aos condutores.
Zero Hora percorreu os 98,1 quilômetros da estrada entre os dias 4, 5 e 6 de novembro. O trecho compreendido pela BR-290 vai de Porto Alegre até Osório.
A rodovia é administrada pela CCR Via Sul há quase seis anos e possui duas praças de pedágio: uma em Gravataí e outra em Santo Antônio da Patrulha. Os valores são de R$ 5,50 para carros e R$ 2,90 para motos.
Pavimentação
O asfalto da freeway apresenta desnível em praticamente toda a sua extensão. Desde a saída da Capital na altura do viaduto da BR-116, já é possível notar irregularidades. Um dos pontos com mais desníveis e descasques está entre os km 71 e 73, em Gravataí. Mas pontos em Cachoeirinha, Glorinha, Santo Antônio da Patrulha e Osório também exigem atenção. Os problemas aparentam ser gerados pelo asfalto remendado, em que se coloca pavimento novo em cima do antigo.
— Noto muito ruído e trepidação em função do asfalto irregular. Eu percebo que ele é áspero, e às vezes tem pequenos buracos que acabam trazendo desconforto — afirma o representante comercial Gabriel Donatto, 33 anos, que utiliza a via mensalmente.
Já os buracos diminuíram, embora ainda sejam observados. As cavidades são encontradas em pontos como nos km 62 e 58, em Gravataí, no 55 em Glorinha, no km 37 em Santo Antônio da Patrulha e no km 8 em Osório.
A reportagem registrou, na manhã do dia 4, obras na pavimentação no trecho entre Glorinha e Santo Antônio da Patrulha. Trabalhadores à serviço da CCR colocaram uma nova camada de asfalto, bloqueando até duas faixas no sentido Capital-Litoral. As intervenções estavam bem sinalizadas.
Geometria
A rodovia oferece um trecho de 24 quilômetros, entre Porto Alegre e Gravataí, com quatro faixas. O restante é dividido em três faixas. Estão instalados cinco radares eletrônicos nos km 10, 31, 70, 91 e 92.
A estrada passa sobre vias, rodovias, rios e arroios. A reportagem registrou uma obra na cabeceira de uma ponte sobre o rio Gravataí, no km 84, que bloqueia o acostamento. O trabalho estava bem sinalizado.
Há acostamento em toda a sua extensão. Além disso, ao longo do percurso, o motorista encontra diversos refúgios, reservados para situações emergenciais, em bom estado.
Sinalização
As pinturas feitas na pista são visíveis e bem sinalizadas. Há diversas placas indicando a distância e a direção para destinos próximos. Há letreiros digitais reforçando os avisos.
Em situações onde há obras, os trechos estão bem sinalizadas, com placas apontando o início e o fim das intervenções, colocação correta de cones e uso de bandeiras para alertar o motorista.
Em áreas de refúgios, não há sinalização indicando previamente a presença do espaço. O motorista precisa estar atento e deixar a pista assim que avistar um ponto de parada.
Limpeza
O gramado no entorno da rodovia está capinado e não causa prejuízo na visibilidade do motorista. Não há lixeiras em pontos de descanso, como em refúgios ou acostamentos. Há alguns pontos com acúmulo de sujeira apenas na extremidade do acostamento.
Serviços
A CCR Viasul oferece serviço de guincho e de ambulância. A rodovia conta com um ponto de apoio ao usuário, no km 24, em Santo Antônio da Patrulha, no sentido Porto Alegre-Litoral. No sentido contrário, o ponto de apoio está localizado onde era o pedágio de Gravataí.
Nos dois locais, há estruturas com banheiros, fraldários e água disponíveis gratuitamente aos usuários. Números de telefone para apoio ao usuário são bem sinalizados. É possível acionar a concessionária por meio do Disque CCR Viasul 0800 000 0290 ou pelo WhatsApp (51) 3303-3858. Em casos de ocorrências de trânsito é possível também acionar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) através do número 190.
O que diz a CCR ViaSul
A concessionária afirmou à reportagem que está reforçando as equipes de pavimento para promover a correção dos trechos que apresentam mais problemas. Ao mesmo tempo, a empresa diz estar trabalhando em pontos já identificados.
Em relação à sinalização dos refúgios, a CCR esclarece que não há norma vigente estabelecendo esse tipo de regra.
Entre outras ações realizadas para o verão, destaca-se o reforço de até 30% das equipes de atendimento e arrecadação das praças de pedágio. Está prevista a manutenção da operação papa-fila, quando necessários, nas praças de pedágio, onde é feita a cobrança antecipada da tarifa visando agilizar a passagem dos motoristas pelas cabines manuais.