Inaugurado em 1996, o Estádio Municipal de Cidreira, no Litoral Norte, também conhecido como Sessinzão, foi idealizado pelo então prefeito Elói Braz Sessim, político controverso e conhecido pelas obras faraônicas e polêmicas em Cidreira e em Tramandaí. Sessim foi cassado e o estádio não foi concluído.
Em 1998, enfrentando diversas condenações por desvios de verba e irregularidades durante os mandatos como prefeito de Tramandaí e de Cidreira, Sessim fugiu enquanto cumpria pena no regime aberto no presídio de Torres e no Corpo de Bombeiros. Após quatro anos foragido, acabou sendo preso novamente em 2002. Hoje afastado da política, Sessim diz que não se arrepende da obra e que faltou vontade política de seus sucessores para manter o Sessinzão de pé. O ex-prefeito defende a iniciativa de construção do estádio:
— O objetivo era fazer a economia do município girar para ampliar os recursos, gerar empregos.
Veja "antes e depois" do Sessinzão
Relembre o histórico de abandono do estádio
- Inaugurado em 1996, o estádio ganhou o nome de Antônio Braz Sessim em homenagem ao pai do então prefeito de Cidreira, Elói Braz Sessim. Nesse ano, jogos da Copa Renner foram disputados no Sessinzão.
- Em 1997, o estádio voltou a receber jogos oficiais.
- Entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000, sem receber jogos oficiais ou eventos de grande porte regulares, o estádio ficou em um limbo. A falta de uso e de manutenção também abriu espaço para depredações.
- Em 2006, a prefeitura começou obras de revitalização no Sessinzão para receber jogos do Gauchão no ano seguinte.
- O Sessinzão foi palco da abertura do Gauchão de 2007.
- Após o Gauchão de 2007, com a falta de interesse da dupla Gre-Nal em jogar no estádio e dificuldades para promover eventos no local, o Sessinzão voltou a ser abandonado e alvo de depredações.
- Três anos depois, em 2010, o estádio foi interditado após pedido do MP-RS em razão dos problemas estruturais, que colocavam a vida de frequentadores em risco.
- Em 2013, a prefeitura tentou vender o estádio por por US$ 1 milhão (R$ 2,3 milhões na época). No mesmo ano, o Executivo tentou permitir que uma recicladora de Novo Hamburgo, especializada em recolher resíduos sólidos industriais, usasse parte do estádio. A liberação de 420m², que seria gratuita e por tempo indeterminado, foi barrada pela Câmara Municipal de Cidreira. Data de Publicação em ZH: 11/03/2013
- No início de 2019, o uso apenas do campo do estádio para prática de atividades esportivas também foi barrada em razão da falta de PPCI e do risco oferecido pela estrutura. Após saber dessas atividades, o MP solicitou a demolição do estádio. Caberá ao Judiciário determinar a demolição ou não da estrutura.