Desde o final do ano passado a prefeitura de Florianópolis debate internamente a cobrança de um taxa de preservação no acesso à ilha, aos moldes do que já ocorre em Bombinhas, no litoral catarinense. A proposta polêmica havia sido lançada inicialmente pela gestão do prefeito Cesar Souza Junior, em outubro de 2015, e voltou à tona depois dos episódios de ressaca nas praias no final de 2017.
O prefeito Gean Loureiro confirmou nesta quarta-feira (10) que pretende definir até o final do primeiro semestre de 2018 se haverá a cobrança ou não no próximo verão. Ainda com poucas informações sobre modelo, valores e local, a estimativa da prefeitura é arrecadar R$ 40 milhões com o pagamento das taxas pelos turistas entre novembro e março.
O que se sabe é que os equipamentos de monitoramento ficariam na Ponte Pedro Ivo Campos, que dá acesso à ilha, para cobrar de veículos de fora. A prefeitura não especificou quais padrões seriam usados para definir as cidades que seriam ou não cobradas.
A taxa seria aplicada pela leitura da placa, com possibilidade de pagamento pelo celular e sem necessidade de parar o veículo. Os recursos seriam aplicados para aumentar a faixa de areia nas praias pois o valor precisa ser destinado exclusivamente para o meio ambiente.
— Temos um debate interno na prefeitura discutindo essa possibilidade. Estamos buscando opiniões da população e entidades. Seria necessário ter um projeto encaminhado à Câmara.
A estimativa dele é que, para ter uma definição ainda em junho, o projeto precisaria ser enviado ao Legislativo em abril. No entanto, Loureiro pretende antes debater a proposta com a sociedade civil e moradores, além dos próprios vereadores, para que haja aprovação na Câmara. Um estudo de contagem dos veículos de fora que entram na ilha também será feito.
— Queremos estimular cada vez mais o turismo de alto poder aquisitivo, que deixa mais recursos — sinalizou o prefeito.