A Defesa Civil de Florianópolis realizou um estudo para avaliar os prejuízos causados pela ressaca que atingiu praias do norte e do sul da Ilha nas últimas duas semanas. Em uma primeira estimativa, o valor chegou a R$ 4 milhões, com limpeza das praias, engordamento da faixa de areia, reconstrução de decks, calçadas, rampas de acesso, postos de salva-vidas e restabelecimento de postes de iluminação pública que foram danificados pelo fenômeno.
De acordo com diretor da Defesa Civil de Florianópolis, Luiz Eduardo Machado, em ações emergenciais, o trabalho de limpeza e recuperação de áreas urbanizadas, principalmente em Canasvieiras, Ingleses e Praia Brava, deve ser priorizado. Assim como a reforma dos postinhos para os guarda-vidas, que também foram afetados no Matadeiro e na região do Caldeirão do Morro das Pedras.
– Como o trabalho de engordamento da praia é muito mais delicado, porque depende de uma série de estudos e licenças ambientais, a gente vai focar primeiramente no que é emergencial – disse o diretor.
O investimento mais expressivo será justamente para a recuperação e engordamento da faixa de areia, explicou Machado, que deve custar em torno de R$ 3 milhões. Para as ações emergenciais devem ser investidos aproximadamente R$ 1 milhão.
A Defesa Civil aguarda a liberação de recursos federais para o início dos trabalhos de recuperação das praias. No dia 18 de setembro, a prefeitura decretou situação de emergência por conta dos danos causados pela ressaca. Machado afirma que, se as verbas não forem encaminhadas até o início da temporada, a prefeitura deve arcar com as despesas iniciais. A expectativa é entregar as praias revitalizadas até dezembro.
No último fim de semana, mais uma vez, a ressaca voltou a atingir o norte da Ilha, conforme previsão da Epagri/Ciram. De acordo com o diretor da Defesa Civil da Capital, uma nova área dos Ingleses foi atingida.
– Antes, era apenas uma parte da praia, na região mais próxima das dunas. Agora, a ressaca atingiu praticamente a praia toda dos Ingleses – lamenta Machado.