Esta terça-feira (9) é feriado estadual em São Paulo, em memória da Revolução Constitucionalista de 1932. O dia foi definido em 1997, após o então presidente, Fernando Henrique Cardoso sancionar uma lei que transforma a data magna de cada Estado em feriado. Pela expressa participação e liderança das tropas paulistas no levante, o início do movimento foi escolhido para determinar o dia de folga. Em outros Estados, incluindo o Rio Grande do Sul, não é feriado.
A revolução aconteceu dois anos após o gaúcho Getúlio Vargas assumir o poder, destituindo a política café com leite, relativa à alternância de representantes de São Paulo e Minas Gerais no cargo da presidência da República, que vigorou por décadas. Interventores apontados pelo governo federal passaram a governar os poderes estaduais, entre eles o de São Paulo. Em clima de insatisfação, um grupo de manifestantes organizou um protesto na sede do Partido Popular Paulista (PPP).
Quatro homens morreram na data: Martins, Miragaia, Drauso e Camargo, cujos nomes foram utilizados para formar a sigla MMDC. Surgiu, então, o movimento que mobilizou a luta. O estopim da revolução foi o afastamento do general Bertoldo Klinger, a favor do movimento.
Apesar da partitipação popular, o levante não teve sucesso. Tropas de outros estados que prestaram apoio não conseguiram ir até São Paulo, ao mesmo tempo que armas vindas do exterior também não chegaram. Participantes da revolução estimaram uma contagem de 600 constitucionalistas mortos, número considerado baixo por alguns especialistas.
É feriado?
A partir da Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada por FHC, o então governador de São Paulo, Mário Covas, escolheu o dia 9 de julho para a comemoração. Por ser um feriado estadual, serviços públicos podem realizar folgas ou jornadas reduzidas.