A Universidade Federal do Rio Grande do Sul se manifestou sobre os cartazes machistas encontrados na instituição na última segunda-feira. Em nota divulgada por meio de sua assessoria de imprensa, a Reitoria " reitera seu repúdio à divulgação de cartazes com discursos machistas e ofensivos em espaços acadêmicos e esclarece que, desde que tomou conhecimento do ocorrido, está adotando as devidas providências".
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Os folhetos foram fixados nos corredores de unidades acadêmicas do Campus do Vale, na zona leste da Capital, e retiradas no mesmo dia por estudantes. Eles traziam a seguinte mensagem: "Menos empoderamento. Mais empauduramento". A frase vinha ainda acompanhada de um texto, atribuído à apresentadora Hebe Camargo, morta em 2012, que dizia que "o feminismo não luta pela igualdade de direitos, mas é um movimento político socialista, inimigo da família, que estimula a mulher a largar seu marido, matar seus filhos, praticar bruxaria, destruir o capitalismo e tornar-se lésbica".
Segundo a UFRGS, as imagens de câmeras de segurança próximas aos locais onde os cartazes foram fixados estão sendo analisadas pela Coordenadoria de Segurança da universidade. A instituição informou ainda que propôs à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado a realização de uma audiência pública sobre o caso.
Confira a íntegra da nota:
"A Universidade Federal do Rio Grande do Sul reitera seu repúdio à divulgação de cartazes com discursos machistas e ofensivos em espaços acadêmicos e esclarece que, desde que tomou conhecimento do ocorrido, está adotando as devidas providências. A UFRGS reafirma seu compromisso com os direitos humanos, a diversidade e a respeitosa pluralidade de ideias.
Na tentativa de identificar os responsáveis por essa atitude condenável, as imagens de câmeras próximas aos locais onde foram afixados os cartazes estão sendo analisadas pela Coordenadoria de Segurança da Universidade, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Com a finalidade de discutir as manifestações de ódio e intolerância, a UFRGS, por meio do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e do Departamento de História, propôs à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado a realização de uma audiência pública.
Lamenta-se profundamente o ocorrido e espera-se que a sociedade como um todo saiba rejeitar com veemência ataques à dignidade humana."