Os carros híbridos serão produzidos por todas as fábricas da Stellantis no Brasil. Os primeiros veículos eletrificados serão montados no Polo Automotivo de Goiana, no interior de Pernambuco, em 2024. Os modelos serão equipados com as tecnologias Bio-Hybrid, que combinam eletrificação com motorização flex e a etanol. Também na planta nordestina serão montados os modelos 100% elétricos, mas sem data definida.
As plataformas Bio-Hybrid e BEV (Battery Electric Vehicle) integram a estratégia global de descarbonização da mobilidade da Stellantis no plano estratégico Dare Forward 2030. O projeto prevê a descarbonização total das operações e produtos da empresa até 2038, e uma redução de 50% das emissões de CO2 já em 2030.
— Nossas tecnologias de descarbonização privilegiam as características e recursos do Brasil, como o etanol e a energia elétrica limpa — afirma o presidente da Stellantis para a América do Sul, Antonio Filosa.
O executivo destaca a prioridade do grupo Stellantis de descarbonizar a mobilidade de modo acessível para o maior número de consumidores com tecnologias e componentes desenvolvidos n Brasil.
A localização das plataformas bio-híbrida e elétrica mobilizará o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Stellantis.
O Software Center, no Porto Digital, em Recife, atuará no desenvolvimento da eletrônica embarcada e conectividade dos veículos e ênfase nos sistemas de condução autônoma.
O desenvolvimento tecnológico ampliará também o parque de fornecedores locais. Na visão da Stellantis, os atuais 38 fabricantes de peças e sistemas passarão para 50 no curto prazo. Nos próximos anos, chegarão a 100 com o desenvolvimento da nova família de veículos híbridos e elétricos.
Todas as plantas
Os polos de Betim (MG) e Porto Real(RJ) também produzirão veículos híbridos flex nos próximos anos. A tecnologia de propulsão híbrida, que combina motores térmicos com eletrificação, poderá equipar vários modelos produzidos pela Stellantis.
As três plataformas da família Bio-Hybrid têm diferentes tecnologias de combinação térmica e da eletricidade na propulsão do veículo. As plataformas híbridas foram desenvolvidas pelo Tech Center Stellantis na América do Sul, em associação com fornecedores, pesquisadores e outros parceiros.
O sistema híbrido leve será o primeiro produzido no polo de Goiana. Depois virão os híbrido convencional e o híbrido plug-in. O sistema 100% elétrico deverá ser o último.
Filosa destaca que as novas tecnologias híbridas e elétricas devem constituir um estímulo para o fortalecimento da engenharia brasileira e da indústria nacional. Uma oportunidade de reindustrialização e de reconfiguração da indústria de autopeças, que é diversificada, complexa e muito importante para a economia brasileira.