O câmbio automático contínuo variável (CVT) valorizou a versatilidade do Argo Trekking. O comportamento do aventureiro urbano Fiat avançou e o hatch ignora o piso irregular com mais agilidade, conforto e segurança. Se os detalhes visuais chamam a atenção, os ajustes da direção, da suspensão e do conjunto propulsor fazem a diferença. Rodamos 500 quilômetros com um Fiat Argo Trekking 1.3 CVT, que tem preço a partir de R$ 97.990.
A combinação do motor 1.3 Firefly com o câmbio automático contínuo variável (CVT) foi perfeita. Aperfeiçoou o comportamento do conjunto propulsor e aumentou o conforto e a segurança nas ruas e estradas nem sempre em boas condições, comuns no país. Com a suspensão mais alta (21 centímetros do solo) e os pneus mistos, o Argo Trekking foi perfeito no trânsito urbano, onde ignorou muitas ruas precárias.
O conjunto propulsor garantiu bom comportamento ao Trekking. Os 98 cv e força (torque) de 13,2 kgfm (gasolina) a 107 cv e 13,7 kgfm (etanol) do Firefly foram bem distribuídos pelo câmbio automático contínuo variável que simula sete velocidades e conta com modo Sport. A força em baixa rotação combinada com o CVT facilitou as acelerações e retomadas de velocidade, o que permitiu rodar seguro tanto nas ruas quanto nas estradas. A maior rotação nas ultrapassagens não compromete o baixo nível de ruído interno, que só aumentou seguindo o motor.
A direção com assistência elétrica progressiva, macia e precisa acompanhou o comportamento do conjunto propulsor com perfeito controle do hatch em velocidades elevadas e trechos sinuosos. Também facilitou as manobras de estacionamento em espaços reduzidos auxiliada pela câmera de ré e pelo sensor traseiro.
A suspensão aperfeiçoada e os pneus ATR de uso misto 205/60 R15 deixaram o Argo Trekking mais firme sem comprometer o conforto. Mais alta, foi perfeita no asfalto, ignorou as irregularidades do pavimento, lombadas, quebra-molas e buracos e também enfrentou bem a terra batida.
A maior altura em relação ao solo não prejudicou o comportamento dinâmico e a estabilidade do Argo Trekking em velocidades mais elevadas, em trechos sinuosos ou em curvas fechadas. Quando preciso, os controles eletrônicos de estabilidade e tração ajudaram.
O consumo de combustível aferido pelo Inmetro para gasolina de 12,7 km/l no trânsito urbano e de 13,9 km/l em rodovia ficou próximo do que registramos. Na cidade, as médias ficaram entre 11,3 km/l a 13,7 km/l. Na estrada, em velocidade constante, foram de 15,2 km/l a 18,4 km/l, a 80 km/h, e de 12,9 km/l a 15,6 km/l a 110 km/h.
Apliques no capô, laterais e traseira em preto com detalhes em laranja, barras longitudinais no teto, pneus de uso misto e ponteira do escape exclusiva diferenciam o visual da versão aventureira dos demais modelos. O Argo foi atualizado em julho de 2022 quando teve aperfeiçoamentos como a nova grade e o para-choque reestilizado, entre outros. O interior também recebeu modificações comuns.
O Argo Trekking é bem completo. Tem acesso por aproximação, partida por botão, direção com assistência elétrica e ajuste de altura, volante multifuncional e controle eletrônico de velocidade.
Multimídia é Ucconect. Com tela de sete polegadas sensível ao toque e comando por voz, é interativo com Android Auto, Apple CarPlay, aplicativos e câmera de ré. Os bancos revestidos em couro têm costuras na cor laranja e assinatura Trakking. O volante e as laterais das portas têm detalhes em couro. O ar-condicionado é automático digital.
Conclusão: o câmbio automático contínuo variável (CVT) potencializou a versatilidade do Argo Trekking e valorizou a tradição aventureira dos veículos Fiat, que começou nos anos 1990. Bem ajustado e completo, com condução próxima a de um utilitário esportivo, o hatch compacto ignorou as ruas e estradas nem sempre em boas condições e encarou trilhas leves.
Como sempre, na decisão de compra, é importante avaliar as necessidades de uso, o preço e o custo-benefício em relação aos próprios irmãos e aos modelos de entrada de utilitários esportivos compactos concorrentes.