Uma chegada emocionante decidiu a vitória na primeira prova da Fórmula E realizada no país. Ultrapassagens surpreendentes, disputas acirradas, acidentes, entradas do safety car e desistências marcaram o e-Prix São Paulo, realizado neste sábado (25) no circuito improvisado do Sambódromo do Anhembi. O neozelandês Mitch Evans, da Jaguar, ultrapassou o também neozelandês Nick Cassidy, da Envision, próximo a linha de chegada. O inglês Sam Bird, da Jaguar, completou o pódium com a diferença de apenas meio segundo entre os três.
A prova foi movimentada pela intensa disputa, pelos incidentes e aumentou em quatro voltas, o que levou os monopostos cruzarem a linha de chegada quase sem bateria. O português António Félix da Costa, da Porsche, que largou na segunda posição, chegou em quarto. Jean-Éric Vergne, da Penske fechou os cinco primeiros.
A expectativa de um bom desempenho dos pilotos brasileiros foi frustrada. Com participação discreta na prova,Lucas Di Grassi, da Mahindra, terminou em 13º, e Sergio Sette Camara, em 17º. Depois de bater na tomada de tempo para classificação, di Grassi largou no último lugar.
As longas retas, as 11 curvas sinuosas e chicanes do circuito de quase três quilômetros exigiram muita habilidade dos pilotos. Também ajudou na regeneração de energia para alimentação das baterias da terceira geração de monopostos elétricos.
As primeiras voltas mostraram que a prova teria muitas emoções.
Com forte disputa, depois de toques, erros em curvas e saída de pista, ocorreu a primeira bandeira amarela, provocada pelo carro de Sacha Fenestraz, da Nissan.
O mesmo ocorreu quando o monoposto de Jake Dennis, da Andretti, bateu com a roda no muro de proteção.
A briga pelas primeiras posições foram intensas. Stoffel Vandoorne, da Penske, que largou na frente, António Félix da Costa, da Porsche, e Nick Cassidy, da Envision, se alternaram nas primeiras posições até o português errar uma das curvas.
Mitch Evans considerou a largada difícil, “mas o carro foi rápido, então finalmente conseguir a vitória e alguns pontos é incrível.” Destacou o jogo de equipe com Nick que “me empurrou até o fim. Nós empurramos um ao outro”.
O piloto lembrou que a vitória se deve a muito trabalho duro, “há muito trabalho envolvido nas simulações, tentar juntar essas corridas em relação à estratégia não é fácil. Obviamente pensamos na posição da pista e onde você quer estar em certas fases das corridas”. E revelou que teve uma boa vantagem de energia desde o início, “ era apenas tentar encontrar o momento certo para usar a vantagem de energia.”
Viagem a convite da Nissan