A atualização contínua garante ao Renegade puxar o segmento de utilitários esportivos no país. Na linha 2022, o novo motor turbo flex revigorou o compacto Jeep, melhorou o comportamento e reforçou a tradição aventureira da marca. Rodamos 500 quilômetros com um Jeep Renegade Trailhawk T270 Turbo Flex AT9 4x4 que tem preço a partir de R$ 169.090.
Os aperfeiçoamentos visuais, os recursos eletrônicos e o motor 1.3 turbo flex de até 185 cv, o mesmo que equipa a Fiat Toro e os Jeep Compass e Commander, revigoraram o Renegade 2022.
O desempenho e a condução melhoraram sensivelmente em relação ao antigo 1.8 E.torQ.
O novo propulsor flex não comprometeu o comportamento na comparação com o 2.0 diesel que foram descontinuados.
A frente ficou mais robusta com a atualização da grade, para-choque, conjunto óptico com faróis circulares, luzes diurnas (RDL), assinatura, auxiliares de neblina e lanternas em LED. No Trailhawk, um adesivo preto no capô personaliza a versão enquanto nas laterais, as novas rodas de 17 polegadas e os pneus de uso misto são exclusivas. As modificações são completas com a reestilização do para-choque traseiro e das lanternas em LED com novo desenho estilizado do X.
Interior e conectividade
O bom interior do Trailwalk traz detalhes que remetem aos irmãos maiores, o Compass e o Commander, como o novo volante e o quadro digital de instrumentos programável com tela de sete polegadas, mas a animação é exclusiva. Os bancos revestidos em couro tem costuras vermelhas.
O multimídia com tela de 8,4 polegadas full-HD é interativo com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio. A recarga do celular é por indução e das três entradas USB, uma é do tipo A e outra tipo C, no console central, e uma para os passageiros do banco traseiro. A conexão e os comandos são fáceis e intuitivos.
Comportamento dinâmico
Desde o seu lançamento, em 2015, testamos as varias versões do Renegade e os aperfeiçoamentos. Inclusive rodamos mais de mil até Chuí, na fronteira com o Uruguai. Também fomos a Florianópolis (SC) e o comportamento do Jeep evoluiu a cada avaliação.
O Trailwalk compartilha o novo motor com o Compass e Commander. Sobrou potência e força ao T270 turbo flex. Sobraram potência e força com os 180 cv a gasolina (185 cv com etanol) e torque de 27,5 kgfm. As trocas de marchas do câmbio câmbio automáticos de nove velocidades foram suaves e praticamente imperceptíveis.
O Renegade rodou rápido nas ruas e estradas e ignorou a terra e areia. A direção elétrica progressiva, a potência e o torque do motor facilitaram a condução em quaisquer condições.
A tração 4x4, a segunda com bloqueio do diferencial, atuaram quando preciso.
Estradeiro vigoroso
Na autoestrada Porto Alegre/Osório o Renegade acompanhou tranquilo o fluxo e o risco foi manter os limites de velocidade. Na estrada de faixa simples que liga Osório a Capão da Canoa, em poucos momentos foi preciso usar as aletas atrás do volante para a troca sequencial de marchas para rápidas retomadas de velocidade.
A suspensão independente nas quatro rodas absorveu bem as irregularidades do pavimento mas com os pneus de uso misto sentiu o paralelepípedo. O baixo nível de ruído interno aumentou acompanhando a rotação do motor e a velocidade. Os quatro modos de condução se ajustam às necessidades do piso. O Trailhawk conta com o exclusivo Rock (Pedra) que não chegamos utilizar.
A suspensão elevada e as proteções no câmbio, cardã e tanque de combustível da versão aventureira evitaram o risco de dano ao rodar em condições adversas. O Trailhwak tem ângulos off-road de 30º de ataque, 22º de rampa e 32º de ângulo de saída.
O Renegade 2022 traz recursos de auxilio à condução e de segurança como sete airbags, detector de fadiga, alerta de manutenção de faixa, frenagem autônoma de emergência e leitura das placas, alerta de ponto cego e tráfego cruzado e comutador do facho do farol alto. Como versão aventureira ainda funções fora de estrada como 4WD Low (relações mais curtas do câmbio), 4WD Lock (bloqueio do diferencial traseiro) e o Hill Descent Control (mantém a velocidade do veículo em descidas íngremes).
O consumo de combustível melhorou com o novo conjunto propulsor em relação ao 1.8 e.TorQ. Rodamos com gasolina e, no trânsito urbano, as médias ficaram de 9,81 km/l a 12,9 km/l conforme o fluxo. Na estrada, em velocidade constante, o Trailhwak fez de 12,9 km/l a 17,8 km/l a 80 km/h e de 12,5 km/l a 15,9 km/h a 110 km/h.
Conclusão
Os aperfeiçoamentos contínuos que atualizam o Renegade avançaram na linha 2022 com o novo conjunto propulsor. Não por acaso, o Jeep compacto é o utilitário esportivo mais vendido no país. O comportamento do Trailhwak atendeu às necessidades da versão aventureira sem prejuízo do conforto embora a expectativa fosse de menor consumo de combustível. Como sempre, na decisão de compra, deve ser avaliado o uso e a relação custo/benefício.