Robusto, com a versatilidade de um utilitário esportivo e o conforto de um carro de passeio, o Bronco voltou. Bem completa, a versão Sport, para uso misto, combina um potente conjunto propulsor com avançadas tecnologias de conectividade e segurança. Rodamos cerca de 500 quilômetros nas ruas e estradas gaúchas com o Bronco Sport Wildtrack que será apresentado pela Ford nesta quinta-feira (20) e tem preço sugerido de R$ 256.900, sem opcionais.
O comportamento da releitura atualizada do mítico utilitário esportivo norte-americano dos anos 1960 surpreendeu. Rodou como um automóvel no trânsito urbano, chamou atenção e exigiu atenção na condução. No estacionamento de um shopping, tive que matar a curiosidade dos que queriam saber que carro era. Por diversas vezes, a jornalista Priscila Nunes teve que abrir o vidro nas sinaleiras e explicar que era o Bronco. Em um restaurante da Serra, deixamos um curioso insistente ver o interior.
Design e interior
A releitura do Bronco atualizou o conceito do pioneiro, harmonizou as linhas e valorizou o interior e a tecnologia. A barra com o nome do modelo no centro da grade que separa o grupo óptico com faróis, luzes diurnas e auxiliares de neblina em LED criou um visual forte.
Os para-choques dianteiro e traseiro pretos são ligados por uma faixa que contorna as caixas de rodas. O teto, as barras longitudinais e os retrovisores são escurecidos. As lanternas traseiras verticais também são em LED.
A modernidade do interior foi valorizada por Priscila. Acesso por aproximação e partida por botão, o acabamento premium com revestimento em couro em dois tons, materiais macios e detalhes que remetem ao alumínio escovado criaram um ambiente agradável.
O volante multifuncional e o quadro de instrumentos digital personalizado são funcionais e de fácil visualização.
Como em todas as avaliações que fizemos, quando entramos no Bronco, os olhos da Priscila brilharam quando ela viu o multimídia.
A tela de oito polegadas sensível ao toque e comando por voz atraiu a jornalista, que não perdeu tempo e pareou nossos celulares com o Apple CarPlay (também tem conectividade com Android Auto), navegação e aplicativos. Ela colocou sua playlist do Spotify e o som premium Bang & Olufsen tomou conta do interior. Pena que o Gilberto, como sempre, pediu para baixar o volume.
Condução e conectividade
A caminho da Serra, com baixa temperatura e forte chuva, os bancos aquecidos, que também têm refrigeração, alegraram a jornalista. Complementou o ar-condicionado automático digital de duas zonas e saídas para o banco traseiro. Entradas USB e USB-C, tomada de força de 12V e recarga do celular por indução dividem o console e também estão no apoio de braço dianteiro.
A conectividade do FordPass Connect foi explorada por Priscila, como já havia feito na Ranger Black. Ela testou as funcionalidades do aplicativo, que permitiu acesso à diversas funções do carro por meio do celular. Além da partida remota do motor e o acionamento do ar-condicionado, vimos o local do estacionamento e travamos as portas. Também permitiu ver a autonomia, o nível de combustível, o hodômetro. É possível ainda fazer o agendamento online de revisões, entre outros itens.
O espaço interno do Bronco surpreende. Com 4,386 metros de comprimento, 2,099 metros de largura, 1,938 metro de altura e distância entre eixos de 2,670 metros, o Bronco acomodou os cinco ocupantes com conforto.
A jornalista mexeu nas bolsas com zíper disponíveis atrás dos bancos dianteiro. Como ciclista, Priscila gostou mesmo foi do porta-malas de 580 litros a 1.472 litros, com o banco traseiro rebatido, e que permitiu levar tranquilamente a sua bike.
Nas ruas e estradas
O conjunto propulsor garantiu ao Bronco perfeito comportamento tanto no trânsito urbano quanto no rodoviário. Nas ruas, sobrou força e potência para acompanhar o fluxo urbano com o conforto do câmbio automático. Apesar das suas mais de duas toneladas de peso, rodou tranquilo e impôs respeito pelo seu porte e novidade. As manobras de estacionamento foram facilitadas pela câmera traseira de 180 graus e os sensores.
Na estrada, o motor de quatro cilindros a gasolina 2.0 EcoBoost soltou seus 240 cv e a força (torque) de 38 kgfm, que foram bem distribuídos pelo câmbio automático de oito velocidades e tração 4x4. Sob chuva forte na subida da serra gaúcha, os pneus 225/65 R 17 AT e os recursos eletrônicos auxiliaram a condução e aumentaram a segurança.
O tempo instável prejudicou a produção de fotos e vídeos, mas permitiu testar a tecnologia nos trechos mais sinuosos. O controle eletrônico de velocidade adaptativo, os alertas de manutenção de faixa, de ponto cego, de colisão com assistente de frenagem autônoma e detecção de pedestres entraram em ação sempre que preciso.
O Bronco tem nove airbags, reconhecimento de placas e sete modos de condução para os mais diversos pisos são acionados por botão no console.
O consumo médio de combustível na cidade foi de 8,1 km/l a 9,1 km/l acompanhando o fluxo viário. Na estrada, em velocidade constante, ficou de 10,2 km/l a 12,1 km/l a 80 km/h e de 9,3 km/l a 11,7 km/l a 120 km/h.
Conclusão: robusto, o Bronco combinou a versatilidade de um utilitário esportivo com o conforto de um carro de passeio. Bem completo, com revestimento premium, esbanjou conectividade com o FordPass Connect. Nas ruas e estradas, o conjunto propulsor garantiu potência e força, e os recursos eletrônicos auxiliaram a condução e reforçaram a segurança. Foi um dos melhores carros que testamos nos últimos tempos.