O visual reestilizado, aperfeiçoamentos internos e na tecnologia deixaram o Kicks mais bonito, confortável, conectado e seguro. A adoção da identidade da marca valorizou o utilitário esportivo Nissan, que também recebeu aperfeiçoamentos mecânicos sem alterar o conjunto propulsor. Rodamos cerca de 900 quilômetros em cidades e no litoral gaúcho com o Nissan Kicks 2022 Exclusive + Pack Tech, que tem preço de R$ 119.890.
Os aperfeiçoamentos atualizaram o Kicks, que evoluiu sensivelmente em relação ao modelo anterior. Além da reestilização externa e modificações internas, o isolamento acústico melhorou e reduziu o nível de ruído interno. Já a recalibragem da direção, suspensão e sistema de frenagem com pneus de maior coeficiente melhoraram a dirigibilidade. Claro, lembrando ainda os recursos eletrônicos de segurança.
Design e detalhes
A combinação do para-choque com a grade destacada pelos frisos cromados e detalhes em preto brilhante deixaram a nova frente ousada e agressiva.
Para quem olha de fora, concordo com jornalista Priscila Nunes, o Kicks ficou mais bonito e robusto, mas, no modelo testado, o que chamou mesmo atenção foi a cor azul brilhante.
O contraste da carroceira com o teto preto foi perfeito.
A presença do Kicks foi notada logo por onde passamos. Até nos postos de abastecimento, os frentistas, acostumados com carros de todos os tipos, são os primeiros a perceber quando aparece uma novidade, ainda mais como o Kicks na cor azul. E, antes de perguntarem “quantos litros”, comentaram as modificações.
Interior e conectividade
O interior do Kicks avançou no conforto, na conectividade e na segurança. Acesso por aproximação e partida por botão, revestimento em couro sintético, volante multifuncional e quadro digital de instrumentos configurável, o sistema multimídia, como sempre, foi tudo exaustivamente testado pela Priscila.
Com nova tela, maior, agora de oito polegadas e sensível ao toque, espelhamos nossos celulares no sistema Apple CarPlay (também é interativo com o Android Auto). Usamos a assistência de voz para leitura de mensagens e a Priscila usou e abusou do streaming de áudio. A conexão foi simultânea com nossos celulares por Bluetooth. As entradas USB e USB-C são compatíveis com as versões USB 3.0 e USB 3.1.
O som assinado pela Bose fez a diferença no carro com o volume mais potente e os dois alto-falantes no apoio de cabeça do condutor. Claro que testamos na potência máxima para sentir a intensidade do sistema digital, que permite o controle do som imersivo (surround 360°) pela tela multimídia. Milagre que o Gilberto não reclamou do volume alto do som.
O bom espaço do Kicks acomodou cinco ocupantes sem dificuldades.
A câmera de ré e a imagem 360º facilitaram as manobras de estacionamento em vagas apertadas.
O ar-condicionado digital garantiu perfeita climatização nos trajetos rápidos no perímetro urbano e nos longos percursos na estrada. Com 432 litros de capacidade, o porta-malas agradou, pois levou sem problema a bagagem de todos.
Ruas e estradas
O conjunto propulsor permaneceu inalterado, o motor 1.6 de 114 cv e força (torque) combinado com o câmbio contínuo variável (CVT) que simula seis velocidades atendeu às necessidades do Kicks. Os 1.139 quilos do crossover ajudaram na agilidade na cidade e no desempenho tranquilo nas rodovias.
Sem pretensões esportivas, o conjunto propulsor atendeu sempre com precisão o acelerador no fluxo urbano, principalmente em ultrapassagens. O anda e para das ruas valorizou o conforto do CVT no uso diário.
Os novos recursos eletrônicos ampliados pelo pacote Pack Tech facilitaram a condução e aumentaram a segurança. Com os controles de tração e estabilidade, com estabilizador da carroceria, apesar da altura, o balanço do utilitário esportivo foi mínimo nas curvas mais acentuadas.
Os aperfeiçoamentos na direção e suspensão garantiram maior domínio do carro em velocidades mais elevadas. Concordamos com a eficiência dos alertas de colisão com frenagem automática, de saída de faixa, de tráfego cruzado e o monitoramento de ponto cego para uma viagem tranquila.
Dirigibilidade e consumo
Ao contrário do Gilberto, que na estrada aproveitou as facilidades do controle eletrônico de velocidade e esqueceu o acelerador, preferi a sensação de domínio do Kicks com o controle permanente do conjunto propulsor dispensando o piloto automático. Mas sempre com o apoio dos recursos eletrônicos de segurança.
A suspensão ficou mais firme e, perfeita no asfalto, sentiu o pavimento irregular. À noite, os faróis com ajuste automático de altura e intensidade evitaram o ofuscamento da visão do condutor que roda no sentido contrário.
Na cidade, o consumo de combustível ficou de 9,8 km/l a 11,8 km/l. Já na estrada, em velocidade constante de 80 km/h, as médias variaram de 12,1 km/l a 16,1 km/l, e a 110 km/h, de 11,4 km/l a 14,3 km/l. Em 800 quilômetros rodados, a média foi de 14,7 km/l.
Como a Priscila, apesar de suspeita em avaliar o Kicks por ser fã do compacto Nissan, aprovamos os aperfeiçoamentos da versão atualizada do crossover. Além de maior conectividade, sentimos mais segurança na condução. A jornalista reitera ainda o impacto da cor azul brilhante "linda", e esperamos, no futuro, um teto solar valorizar ainda mais o compacto Nissan.
Conclusão
Os aperfeiçoamentos atualizaram o visual, o conforto e a tecnologia do Kicks. Na versão avaliada, a topo de linha completa, a segurança nos chamou atenção. O crossover mostrou sua evolução, e com consumo de combustível adequado às características do conjunto propulsor.