Bem completo, sem opcionais, os sistemas de assistência de condução semiautônoma aumentaram a segurança do Compass S. O utilitário esportivo médio Jeep traz detalhes visuais e recursos eletrônicos exclusivos. Com a versão topo de linha do Compass rodamos cerca de 900 quilômetros por cidades, na serra e litoral gaúchos respeitando os cuidados sanitários necessários devido a covid-19. O Jeep Compass S 2021 tem preço de R$ 231.990.
Lançado em outubro de 2016, o Jeep fabricado em Goiana, no interior de Pernambuco, líder do seu segmento, sempre esteve entre os carros mais vendidos no país. No primeiro ano teve 49.187 emplacamentos, superou as 50 mil unidades e, em 2020, teve 52.966 registros. No primeiro trimestre do ano, vendeu 14.874 unidades, liderou seu segmento, foi terceiro entre os utilitários esportivos e 11º no ranking geral. Nesta segunda-feira (5), às 16 h, a Jeep começará a pré-venda da série especial Compass 80 Anos, o primeiro modelo da Linha 2022.
Baseado na versão Limited, o Compass S repete o comportamento dos irmãos equipados com o motor 2.0 diesel, câmbio automático de nove velocidades e tração 4x4.
O conforto com acionamento elétrico também do banco do acompanhante e os recursos de assistência de condução fizeram a diferença.
A tecnologia facilitou a condução nas ruas e aumentou a segurança nas estradas ao reduzir o risco de acidentes, principalmente em trechos de pista simples.
Controle eletrônico de velocidade adaptativo, alerta de colisão com frenagem de emergência autônoma, permanência em faixa com correção de trajetória, sensor de pontos cegos, sistema de estacionamento semiautônomo e regulagem dos faróis anti ofuscamento são de série.
Concordei com a Priscila Nunes, que também conduziu o Compass S, que a cor exclusiva, os recursos de condução semiautônoma e a qualidade do sistema de som premium Beats com oito alto falantes e subwoofer fizeram forte diferença em relação as outras versões do utilitário esportivo Jeep que avaliamos.
A pintura do carro exclusiva, um marrom metálico diferenciado chamado de Deep Brown (as outras cores disponíveis são o branco Polar perolizado e o prata), lembrou Priscila, chamou a nossa atenção e, também nos mais diversos lugares por onde estivemos ou passamos. A cor em dois tons, a capota é preta, fez toda a diferença e deixou a versão esportiva e mais exclusiva.
Os detalhes externos em grafite valorizaram o visual. As fendas das barras da grade, as molduras dos faróis de neblina, logotipos e as rodas de aro de 19 polegadas têm acabamento grafite. Barras longitudinais também grafite completaram a capota preta.
Testamos o som no volume máximo, preferido pela Priscila, e o desempenho foi excelente. E, não por acaso, ficamos pensando: eu apesar da idade, e ela como jovem, se todos os carros tivessem essa qualidade de som, as viagens, mesmo as mais longas, seriam mais tranquilas e o tempo passaria depressa.
Com 4,41 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,64 m de altura e distância entre eixos de, 2,63 metros, o Compass S acomoda bem cinco adultos. Acesso por aproximação e partida por botão, a direção com regulagem de altura e profundidade e o banco com ajuste elétrico, inclusive o do condutor no modelo 2021 que testamos, facilitaram a condução na estrada.
Acabamento interno escurecido, molduras no volante, câmbio e saídas de ar e logotipos são na cor grafite. O painel e as laterais das portas são revestidos em couro e material emborrachado suave ao toque com costuras aparentes.
Os bancos são revestidos parcialmente em couro e o teto em tecido preto. O quadro de instrumentos de sete polegadas é colorido e configurável, de fácil visualização e bonito efeito a noite.
O ar-condicionado automático digital tem duas saídas para o banco traseiro.
A central multimídia UConnect com tela de 8,4 polegadas sensível ao toque e interativa com Android Auto e Apple CarPlay, mostra também imagem da câmera de ré e aplicativos como os de navegação. Priscila gostou do generoso teto solar panorâmico e do acionamento elétrico de acesso ao porta-malas de 410 litros, o que facilitou a colocação e retirada de bagagem.
Ruas e estradas
O bom isolamento acústico do Compass S permitiu conversarmos e ouvir música ou informação na estrada. O barulho do motor diesel só incomodou em velocidades mais elevadas ou em trechos como de subida da serra e na autoestrada Porto Alegre- Osório quando o propulsor foi exigido em regimes de rotação mais altos.
Dirigi na subida da serra e Priscila no sentido oposto. O Compass garantiu condução tranquila sempre com sobra no acelerador e segurança. Em direção a Gramado, a troca sequencial de marchas pelas aletas atrás volante permitiu a condução mais esportiva.
Sobrou potência para o motor 2.0 turbodiesel. Os 170 cv e 35,7 kgfm combinados com o câmbio automático de nove velocidades ignoraram os 1.700 quilos do utilitário esportivo. As trocas de marchas foram suaves e silenciosas. Nas ruas e estradas, as acelerações e retomadas de velocidade foram rápidas. A velocidade máxima é de 194 km/h conforme a Jeep.
Os recursos eletrônicos garantiram plena segurança na estrada, principalmente em trechos mais sinuosose de faixa simples na serra. A suspensão bem ajustada, tipo multilink na traseira, e as rodas de 19 polegadas com pneus 235/45 R18 ajudaram no comportamento e superar lombadas e quebra-molas.
Com perfil baixo, os pneus sentiram as irregularidades em trechos ruins. Na beira da praia, o Compass S rodou com o modo Auto, um dos quatro disponíveis, dispensando recorrer ao modo Sand (areia). Os outros dois são o lama e neve, mas a versão topo de linha só encara trilhas leves ou médias pelo perfil baixo dos pneus.
Durante nosso teste o consumo de diesel superou o indicado pelo Inmetro de médias de 10,1 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada. Na cidade, as médias ficaram entre 9,2 km/l a 11,3 km/l. Na estrada, em velocidade constante, foram de 9,9 km/l a 20,5 km/l, a 80 km/h, e de 9,7 km/l a 14,9 km/l, a 110 km/h.
Conclusão
Bonito, bem completo e confortável, os detalhes exclusivos e a tecnologia destacam Compass S. Os recursos eletrônicos aumentaram a segurança e facilitaram a condução, principalmente na estrada. Gostei de dirigir o Jeep nas rodovias, quando o conjunto propulsor mostrou sua raça. Já para Priscila, acostumada com utilitários esportivos, o S foi perfeito também nas ruas pela agilidade no trânsito urbano. O Compass S é ótimo para viajar com a família e, quem busca um veículo para o uso urbano dispensando a tração 4x4, deve avaliar o custo benefício em relação às demais versões como a Limited.