Com Priscila Nunes / Especial
Asfalto, terra, lama, areia da beira da praia. Tanto faz para o Renegade que encara todas com a herança de força do mítico jipe dos anos 40. As modificações da Linha 2019 valorizaram detalhes externos e aperfeiçoaram o interior. Percorremos cerca de mil quilômetros com o Jeep Longitude 2.0 Diesel AT9 4x4 que custa R$ 125.490.
O retoque visual do Renegade mostrou que o tempo é indiferente para o herdeiro da versão civil do rústico jipe de guerra. A evolução incluiu a tradicional grade, faróis, sinalizadores e rodas. As principais modificações foram no interior com nova central multimídia, reposicionamento dos comandos do ar-condicionado e do seletor de tração e mais porta-objetos.
As tradicionais sete fendas da grade ficaram mais largas e mais baixas acompanhando o capô enquanto o farol foi levemente levantado.
O novo formato do para-choque aumentou o ângulo de ataque de 20 para 30 graus, o que reduziu o risco de raspar no piso ao passar em buracos, lombadas e quebra molas.
As rodas de aro de 18 polegadas com pneus 225/55 R18 foram redesenhadas e têm acabamento personalizado exclusivo do Longitude. Os sinalizadores laterais mudaram de posição e a maçaneta do portas-malas agora é aparente.
As modificações foram pequenas, comparadas a versão anterior mas agradaram a jornalista Priscila Nunes. “Os faróis e as fendas junto com o para-choque e os novos faróis auxiliares de neblina destacaram ainda mais o Renegade e forçaram a sua robustez”.
No interior, os comandos do ar-condicionado e do seletor de tração foram reposicionados.
Mas o que mais chamou a atenção da Priscila foram os novos porta trecos e a entrada auxiliar para recarga da bateria do celular do banco traseiro.
- Ficou mais fácil controlar o ar-condicionado que funcionou rápido e resfriou muito bem no forte calor, em torno dos 30 graus nos primeiros dias de 2019 no Rio Grande do Sul. Os novos porta objetos facilitaram colocar o celular ou os óculos durante a condução – ressaltou a jornalista.
A nova central multimídia Uconnect com tela de 8,4 polegadas sensível ao toque e também comando por voz,é interativa com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, além de comandos do ar-condicionado.
- A tela maior facilitou a visualização, principalmente da navegação, quanto maior melhor para enxergar. Achei fácil manusear e conectar o sistema Apple Carpay transferindo para o Uconnect o comando do celular – comemorou Priscila
Quando abriu o porta-malas, Priscila sorriu e seu comentário foi direto:
- Ficou um pouquinho maior, dá para levar mais bagagem da família nas viagens-.
Com a troca do estepe convencional pelo temporário mais fino, que permite rodar a velocidade de até 80 km/h, o assoalho foi rebaixado, a capacidade aumentou 47 litros e passou de 273 para 320 litros.
Desde 2015, quando viajamos com um Renegade ao Chui, na fronteira com o Uruguai, rodamos diversas vezes com todas as versões do Jeep. Fomos para a Serra, Litoral e Santa Catarina. Eu e Priscila sempre concordamos com o bom conjunto e as qualidades do compacto Jeep tanto nas opções diesel quanto nas flex.
A posição elevada conduzir, a direção elétrica e o ajuste do banco sempre garantiram a sensação de perfeito domínio do veículo.
Na cidade e na estrada o conjunto propulsor foi perfeito em todas as situações que enfrentamos.
Os 170 cv e a força (torque) de 35,7 kgfm do 2.0 MultiJet II turbodiesel sempre foram bem distribuídos pelo câmbio automático de nove marchas nas quatro rodas.
O motor diesel é silencioso e o nível de ruído acompanhou o aumento das rotações.
As acelerações e retomadas de velocidade atenderam as necessidades do Renegade apesar dos seus 1.674 quilos. A troca de marchas foi praticamente imperceptível e, quando preciso, foi só usar as aletas atrás do volante para comportamento mais vigoroso.
A suspensão independente nas quatro rodas – McPherson na frente e – Multilink na traseira - facilitou vencer curvas mais acentuadas dentro dos limites de velocidade sem o balanço da carroceria. Absorveu as irregularidades do asfalto e da terra batida e só vibrou nas situações mais críticas.
- No pavimento irregular e na terra a suspensão macia mas firme ajudou nos trechos mais difíceis.
Os controles de estabilidade e tração e o sistemas de partida em rampa aumentaram a segurança e nem precisei acionar o seletor de tração - lembrou Priscila.
O bom consumo de combustível durante o test-drive repetiu situações anteriores. Na cidade, nas avenidas e perimetrais, dependendo do fluxo, as médias do Renegade ficaram entre 10,7 km/l e 12,1 km/l. Na estrada, em velocidade constante, fez de 14,6 km/l a 16,7 km/l (80 km/h) e de 12,9 km/l a 15,6 km/l (110 km/h).
Conclusão: Os aperfeiçoamentos do Renegade Longitude 2.0 Diesel AT9 4x4 foram mais sensíveis no interior. Bem completo, o comportamento do compacto Jeep é típico para quem gosta de aventura em trilhas radicais ou roda bastante por ano, o que compensa o custo/benefício em relação às versões com tração 4x2 e flex.