Se na cidade a maior potência do motor 1.8 Evo Flex faz pouca diferença, na estrada, basta acionar o novo modo Sport para atiçar o conjunto propulsor. As respostas são mais rápidas com menor pressão no acelerador. O Renegade 2017 recebeu modificações que melhoraram a eficiência energética e reduziram o consumo de combustível em todas as versões flexíveis. No visual, a novidade é a opção cinza na grade no modelo topo de linha combinando com a cor da carroceria. O Jeep Renegade 1.8 Evo Flex Longitude com câmbio automático de seis velocidades custa a partir de R$ 90.990.
Para melhorar a eficiência energética, além das modificações que aumentaram a potência do 1.8 Evo em até sete cavalos, o conjunto propulsor ganhou sistemas Stop&Start, partida a frio sem tanquinho auxiliar, alternador e bomba de combustível inteligentes, monitoramento da pressão dos pneus, indicador de troca de marchas e pneus verdes de menor atrito com o pavimento. O 1.8 Flex ficou 5% mais potente e gera de 135 cv (gasolina) a 139 cv (etanol) e força (torque) de19,3kgfm (G) e 18,8kgfm (A). As alterações, conforme a Jeep,reduziram os índices de consumo e de emissões em até 10% conforme a versão.
Depois da apresentação do Renegade 2017, em Florianópolis, com o jornalista Cezar Bresolin, percorremos 560 quilômetros, entre as capitais catarinense e gaúcha. O percurso feito com um 1.8 Evo Flex Longitude levou menos de seis horas e consumo médio de 11,9 km/l. O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem a potência do motor. O desempenho melhorou no modo de condução Sport com respostas mais rápidas. O acelerador ficou mais direto, câmbio retardou a troca de marchas e o motor sentiu menos os 1.500 quilos do jipe, o que facilitou ultrapassagens seguras.
Em Porto Alegre, na região metropolitana e no litoral percorremos outros 1.100 quilômetros. O comportamento do Renagade, sem considerar o conjunto propulsor, é muito próximo das demais versões.
A posição elevada conduzir e a direção elétrica garantem a sensação de perfeito domínio do veículo. A suspensão independente nas quatro rodas facilita vencer curvas mais acentuadas dentro dos limites de velocidade sem o balanço da carroceria. Recursos como controle estabilidade e tração e sistemas de partida em rampa e anti-capotamento ajudam condução e aumentam a segurança. A suspensão absorve as irregularidades do pavimento e da terra batida mas reverbera no paralelepípedo.
Na cidade, o Start&Stop faz a diferença no transito pesado. O sistema que desliga o motor em paradas, principalmente nas sinaleiras, reduz o consumo de combustível. Abastecido com gasolina, as médias ficaram entre 7,8 km/l a 9,2 km/l. Para quem gosta de um comportamento mais esportivo ou em trechos de serra e curvas acentuadas, o uso das aletas atrás do volante permite fazer a troca sequencial e escolher a melhor marcha. O nível de ruído interno é baixo até os 90 km/h quando aumenta acompanhando a velocidade. Na estrada, o consumo depende do fluxo. Em velocidade constante de 80 km/h variou de 10,7 km/l a12,8 km/l enquanto a 110 km/h ficou de 9,7 km/l a 12,1 km/l.
Conclusão: O novo conjunto propulsor e os aperfeiçoamentos melhoraram o comportamento do Renegade 1.8 Flex Longitude: aumentaram a potência e reduziram o consumo de combustível. A versão a gasolina oferece relação custo/benefício adequada e desempenho compatível com as limitações do motor, sem pretensões esportivas. O ideal seria o 2.0 Tigershark de 159 cv e força (torque) de 19,9 kgfm com gasolina a gasolina a 166 cv e força (torque) de 20,5 kgfm com etanol. O uso do propulsor mexicano aumentaria o preço comprometendo a competitividade do jipe.
Versões e preços
Jeep Renegade 1.8 Evo Flex - R$ 72.990
Jeep Renegade 1.8 Evo Flex Sport - R$ 80.790
Jeep Renegade 1.8 Evo Flex Longitude - R$ 90.990
Jeep Renegade 1.8 Flex Limited - R$ 97.900
Fonte: FCA