O otimismo com as reformas econômicas propostas pelo novo governo, os fatores positivos da conjuntura macroeconômica como como aumento do PIB (Produto Interno Bruto), inflação diminuindo e queda do dólar serão positivos para a continuidade da produção e venda de veículos. A projeção apresentada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta terça-feira (8) prevê o crescimento de 9% na produção com 3,14 milhões de unidades e de 11,4% no licenciamento com 2,86 milhões. Haverá uma reação sequencial que passa pela retomada da confiança tanto do consumidor quanto do investidor, acredita o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Em 2018 foram produzidos 2,89 milhões de veículos, mais 6,7% em relação às 2,69 milhões de unidades do ano anterior.
Os licenciamentos chegaram a 2,56 milhões, avanço de 14,6% ante aos 2,24 milhões em 2017.
O único segmento com resultado negativo foi o das exportações. Foram embarcados 629,2 mil veículos, menos 17,9% na comparação das 766 mil de 2017. A queda nas exportações foi provocada pela recessão argentina, principal parceira do setor automotivo.
- O resultado da indústria automobilística brasileira no ano passado mostrou que 2018 consolidou a retomada iniciada em 2017. O mercado interno teve forte reação, o que mostra que parte da demanda reprimida foi bem atendida – afirmou Megale. A produção de caminhões cresceu 27,1% com 105,5 unidades.
Caminhões e ônibus
Em 2018 foram produzidos 105,5 mil caminhões mais 17,5% sobre os 83 mil em 2017. As vendas cresceram 46,3% com 76 mil mil unidades em 2018 contra 83 mil em 2017. Como ocorreu com automóveis e comerciais leves, as exportações também caíram com 24,6 mil unidades, - 12,7% frente as 28,2 mil de 2017.
A produção de 28,5 mil chassis para ônibus avançou 38,2% diante dos 20,6 mil de 2017. Os 15,1 mil registros cresceram 28,3% frente às 11,7 mil de 2017. Foram exportados 9,1 mil chassis para ônibus em 2018, mesmo volume de 2017.