O desempenho da cadeia automotiva acompanha a instabilidade da economia brasileira. Alterna crescimentos e quedas mensais da produção, vendas e exportação de veículos como mostrou o balanço da Anfavea (entidade dos fabricantes) divulgado nesta segunda-feira (6).
Em julho saíram das linhas de montagem 245,8 mil veículos, menos 4,1% ante as 256,3 mil de junho, mas mais 9,3% sobre as 224,8 mil de julho de 2017.
O resultado acumulado de janeiro a julho foi positivo com 1,68 milhão de unidades, crescimento de 13% na comparação com as 1,48 milhão do mesmo período ano passado.
As vendas cresceram 7,7% sobre junho com 217,5 mil emplacamentos, e 17,7% na comparação com julho de 2017. No ano foram emplacados 1,38 milhão de unidades, mais 14,9% em relação as 1,20 milhão no ano passado.
A produção de 8,8 mil caminhões em julho foi 1,7% maior sobre junho, e 23,8% frente a julho de 2017. No ano, aumentou 35,4% com 58,4 mil. O registro de 6,6 mil caminhões em julho foi 15,6% maior sobre os 5,7 mil de junho e de 45,3% em relação os 4,5 mil de julho. No ano foram licenciados 36 mil, mais 48,6% sobre os 26,0 mil de 2017.
As exportações, que vem puxando a produção, despencaram 20,9% em julho com 51,4 mil unidades contra 64,9 mil de junho. Também caíram 21,7% em relação a julho de 2017 com 65,6 mil unidades. No ano foram embarcados 430,4 mil veículos,2,8% abaixo das 442,5 mil do ano anterior.
Para Antônio Megale, presidente da Anfavea, o balanço até julho mostra números importantes para a indústria, com crescimento em todos os segmentos.
- Mesmo com algum soluço causado pelas paralisações dos transportadores no fim de maio, o setor automobilístico apresentou nos últimos meses dados que comprovam sua retomada, o que é positivo para toda economia brasileira-.
A Anfavea projeta crescimento na produção de 11,9% com 3,021 milhões de unidades. As vendas deverão chegar a 2,502 milhões, mais 11,3%. Já as exportações ficarão estáveis com 766 mil unidades.