Com Priscila Nunes / Especial
A experiência provocativa do Cayenne durante seu lançamento, em São Paulo, foi repetida nas ruas e estradas gaúchas. Maior, mais baixo, leve e potente na terceira geração, o novo 4D Chassis aperfeiçoou o conforto, o comportamento e a condução. Em especial a estabilidade. Com o Cayenne, rodamos cerca de 360 quilômetros em São Paulo e 180 quilômetros aqui no Estado. O Porsche Cayenne na versão de entrada custa R$ 423 mil.
A posição elevada de dirigir, o generoso espaço interno e os recursos eletrônicos valorizaram o Cayenne na estrada. Na Freeway Porto Alegre-Osório seria redundância dizer que o Porsche flutuou, mostrou sua raça e ignorou as pequenas irregularidades no asfalto. A 110 km/h, a impressão não passou, no máximo, de 60 a 70 km/h, ou até menos.
A jornalista Priscila Nunes e eu, que já havia dirigido o Porsche em São Paulo, precisamos de atenção permanente para não ultrapassar o limite dos 110 km/h na estrada.
Nas ruas de Porto Alegre foi mais fácil pelo congestionamento e o pavimento irregular na Zona Norte da cidade.
A terceira geração do Cayenne expressa grandiosidade, luxo, conforto, segurança e exclusividade, destacou Priscila. Super moderno, como todos os Porsche, traz avançada tecnologia.
- Já havia testado o modelo híbrido com painel personalizado. Agora foi a vez de andar com a terceira geração. Para começo de conversa, a chave do carro é um show de design à parte.
Dá vontade de moldar e pendurar num quadro. Brincadeiras à parte - diz.
Em uma experiência dinâmica e rápida, “andamos até Osório para testar o comportamento do utilitário esportivo e do motor V6 3.0. Ao acelerar, os 340 cv não brincaram em serviço e o carro flutuou na Freeway”.
O alto desempenho faz parte do DNA Porsche. O novo conjunto propulsor foi uma usina de força. O V6 3.0 turbo de 340 cv e força (torque) de 45,9 kgfm combinado com o câmbio automático Tiptronic S de oito velocidades e tração ativa nas quatro rodas despejou energia.
As trocas de marchas foram imperceptíveis.
A direção elétrica passou a sensação de perfeito domínio do utilitário esportivo. Leve e precisa, teve respostas rápidas na estrada. Nas ruas facilitou manobras precisas no trânsito congestionado.
- O Cayenne se comportou bem. Gravamos vídeos e fizemos fotos. Na hora que partimos, é claro que os curiosos de plantão espiaram atentamente. Impossível passar despercebido no trânsito – destacou Priscila.
O novo 4D Chassis otimizou a condução, o conforto e a estabilidade evitando a rolagem e torção da carroceria A suspensão absorveu os buracos e os desníveis da ruas e da Freeway. Os controles eletrônicos de segurança ajudaram corrigindo a trajetória do Cayenne nos trechos mais rápidos.
Opcional na versão avaliada e na intermediária (S), o pacote Sport Chrono tem quatro modos de condução, tecla sport response, controle de largada, cronômetro e modo PSM Sport. No modo Sport, as respostas do Cayenne pareciam as de uma fera ferida. O modelo avaliado acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos .
Sobrou espaço na frente para o condutor e acompanhante. O entre eixos de 2,89 metros garante generoso interior que também acomoda bem dois adultos e uma criança no banco traseiro. O porta-malas ganhou 100 litros e agora leva até 770 litros.
O luxuoso acabamento interno do Cayenne utiliza materiais nobres como o couro e aço. O quadro de instrumentos digital traz duas telas full HD de sete polegadas nas laterais com informações da condução e do veículo, separadas pelo conta-giros analógico. As telas podem ser personalizadas e acionadas pelo volante multifuncional.
A central multimídia Porsche Communication Management conta com tela sensível ao toque, full HD de 12,3 polegadas, também operada por comando de voz, tem câmera de ré integrada.
Ar-condicionado automático digital de duas zonas.
No sofisticado interior é diferente ver as alças ao lado dos bancos, as quais entregam as suas características de um Porsche. O quadro de instrumentos é único e informativo, um dos mais completos que já testei. A direção é leve e o carro pareceu realmente flutuar na pista. Pena que o test-drive passou rápido – enfatizou Priscila.
Conclusão: A terceira geração do Cayenne teve forte evolução. A arquitetura modular MLB, a mesma dos Audi Q7 e Q8, os novos conjunto propulsor, suspensões e direção, e os avaçados recursos eletrônicos fizeram a diferença. Com o uso de alumínio e aços leves, o SUV ficou 135 quilos mais leve. Não por acaso, o Cayenne é o segundo Porsche mais vendido no mundo.