Se a briga entre os SUVs foi forte em 2016, em 2017 ela promete esquentar – e muito. Depois de a GM apresentar a nova Tracker e a Jeep começar vender o Compass, a Hyundai mostrou sua nova arma: o Creta, mostrado pela manhã à imprensa especializada em Florianópolis. O carro foi submetido a pelo menos 50km de teste em vias da capital catarinense.
As versões:
Creta Attitude 1.6 manual: R$ 73 mil
Creta Pulse 1.6 manual, R$ 78,3 mil
Creta Pulse 1.6 automático: R$ 85.250
Creta Pulse 2.0 automático: R$ 92,5 mil
Creta Prestige 2.0 automático: R$ 99,5 mil
No teste, cinco adultos foram transportados e o veículo mostrou ser confortável. A versão top traz um mimo inédito no Brasil: o banco do motorista tem duas saídas de ar, no encosto e no assento, para gelar mais rápido o habitáculo. Não dá para dizer que seja um grande diferencial do SUV, pois a diferença é muito pequena.
Outra novidade na Hyundai é o cornering light, sistema que permite que a luz dianteira vire no mesmo sentido do volante, o que ilumina melhor em curvas e outras manobras. O kit multimídia, com tela touch de 7,7 polegadas, traz sistema de navegação e não perde para os concorrentes, com câmera de ré e sensor no para-choque traseiro. Nas cores, os coreanos até exageraram: são dez opções, a maioria em tons de prata, mas há ainda branco, vermelho, preto, marrom e verde.
Vendido em parte da Europa e Ásia, o Creta teve uma versão cujo design foi feito para o público brasileiro. Ganhou grande hexagonal (pode ser preta ou cromada), faróis com luzes DRL e a coluna entre as portas dianteira e traseira na cor preta. No teste, o motor 2.0 mostrou bastante força, porém o preço da potência é alto. Acima de 2,5 mil giros, se torna barulhento. As suspensões são firmes e, ajudadas pela direção elétrica e aço ultrarresistente na carroceria, deixam o carro "na mão".
A ergonomia é outro ponte forte do carro, que tem apenas uma saída USB mesmo na versão mais cara. Controles de tração e assistente de subida e outros itens segurança só não estão presentes na versão de entrada.Já com motor 1.6, o câmbio automático de seis marchas funciona bem melhor e o nível de ruído fica reduzido. A versão tem tudo para agradar mais os clientes que fazem test drive antes de comprar.
De 0 a 100km/h, a diferença entre os dois motores é de pouco mais de dois segundos – 12s e 9.7 na 2.0. Em termos de velocidade final, o motor mais potente chega a 188km/h, e o 1.6, a 172km/h.
Ficha técnica:
Motor: quatro cilindros, feito em alumínio. 2.0: 166/156cv a 6.200rpm, com torque de 20,5/19,1 kgf.m a 4.700 rmp (álcool/gasolina)1.6: 130/123cv a 6.000rpm, com torque de 16,5/16 kgf.m a 4.500rpm (álcool/gasolina)
Câmbio: manuel (só na 1.6) e automático (em ambas) de seis marchas
Freios: dianteiros a disco e traseiros a tambor
Dimensões (mm): comprimento, 4,279; largura, 1.780; altura, 1.635; entre-eixos, 2.590; vão do solo, 190; porta-malas, 431
Tanque: 55
Peso: 1296kg (a top chega a 1.399kg)