O que fica do Brasil para depois da eliminação em mais uma Copa do Mundo é o fim de um modelo de trabalho exemplar, talvez o mais bem planejado de todos os tempos, mas que não transformou sua diferenciação em títulos. A conquista da Copa América de 2019 é o único troféu da “Era Tite”, já que campanhas exemplares em eliminatórias não são títulos. Merecia mais, mas não veio.
Cair em dois Mundiais seguidos nas quartas de final de maneira parecida, contra adversários europeus de semelhante tradição e tendo mostrado futebol para até lamentar o destino parece mostrar um limite atingido. Em termos de resultados, ficamos no mesmo lugar de edições como 1982, 1986, 2006 e 2010 sem ter cometido erros históricos daqueles tempos.
Curiosamente, nosso melhor resultado desde 2002 é o obtido numa disputa em que a campanha até uma derrota de 7 a 1 tivemos.
Amargo Regresso
É via Londres o retorno do Brasil para casa. Um avião da Qatar Airways já estava preparado para decolar no final da manhã deste sábado (10). O voo é fretado, só incluindo integrantes da delegação e alguns convidados da CBF.
A viagem é via-Europa, com uma parada em Londres, visto que a grande maioria dos atletas reside naquele continente. Posteriormente há a viagem até o Brasil com chegada prevista em São Paulo por volta das 5h de domingo.
A musa deles
Ela já está marcada na Copa do Mundo por, no mínimo, chocar os habitantes do Catar, desafiar padrões de postura e as próprias leis baseadas em conceitos religiosos muito rígidos. A modelo croata Ivana Knöl faz questão de aparecer para os fotógrafos nos estádios e mostrar os maiores decotes vistos no Mundial, criando espanto geral e até certa indignação entre os cataris.
Ela passou a ser chamada de “musa da Croácia”, multiplicou seu número de seguidores nas redes sociais – mais de 2 milhões – com roupas ousadas, caras e bocas e sensualizando geral por onde anda. Antes de seu país eliminar o Brasil, Ivana, que reside em Miami, fez questão de provocar, convidando os brasileiros para “dançar”. Se deu bem.
Lágrimas x Papai Noel
De um lado. havia lágrimas, pessoas desconsoladas e jogadores aplaudindo seus torcedores. Do outro, uma festa muito animada com as vistosas camisas quadriculadas em vermelho e branco. Os croatas não têm a veemência e a presença dos torcedores de uma Argentina, mas são alegres, ciativos e, obviamente, estão felizes. Até um Papai Noel estava comemorando a classificação para a semifinal da Copa nas arquibancadas do Education City.
Sob Nova Direção
A CBF vai dar uma sacudida geral na Seleção Brasileira. A eliminação da Copa nas quartas-de final nem é o fator determinante, mas acabará influenciando nas mudanças de pessoas e provavelmente de métodos para o novo ciclo de Copa do Mundo. O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez está cada vez mais cotado para assumir a direção-geral de seleções, algo que já desempenhou nos tempos de Ricardo Teixeira, quando teve Mano Menezes como treinador.
Muitos integrantes do grupo que trabalhou na gestão de Teixeira estão voltando em várias áreas da CBF com o atual presidente Ednaldo Rodrigues.
Despediadas e nem tanto
Aos 39 anos, Daniel Alves deixa o Catar garantindo que se despediu da Seleção Brasileira , mas que não abandonou a carreira de jogador de futebol. O lateral está no mercado, depois de uma passagem apagada pelo futebol mexicano. Ele passou a ser o mais velho jogador a atuar num mundial pelo Brasil. Thiago Silva se despediu das Copas, mas se mostra sensível a algum novo chamado da Seleção.
O caso mais curioso é o de Neymar: ele começou uma resposta na zona de entrevistas dizendo que não acreditava mais em estar numa Copa, mas que ainda se sentia dentro do selecionado para as próximas chamadas e terminou com, “mas é tudo muito incerto e tenho que pensar bem se volto à Seleção”.
Vai entender.
