A dita fase de transição do Grêmio tem apresentado uma campanha horrorosa no Brasileirão, a pior desde que surgiram os pontos corridos, e uma sucessão de decepções. A equipe que ganhou o Gauchão, criando uma boa perspectiva para a competição nacional, simplesmente desandou, gerando uma série de frustrações individuais e coletivas para seu torcedor. Um dos casos mais marcantes é o do lateral-direito Rafinha.
De currículo exemplar, com passagem de destaque na Europa e um retorno vitorioso ao Brasil no Flamengo de Jorge Jesus, ele chegou e com justiça foi saudado como reforço de altíssimo nível no Grêmio, capaz de colocar o promissor Vanderson no banco para ensinar ao jovem os segredos da posição.
Passados três meses, há saudades do garoto e muitas dúvidas se a busca de Rafinha deu o retorno esperado. O ex-lateral do Bayern de Munique chamou mais a atenção pelo fato de puxar os calções para jogar e pelas reclamações e desavenças em campo. Assim foi mais uma vez na derrota para o Juventude em que acabou substituído.
Mesmo tido como um agregador no vestiário, Rafinha está em meio a uma realidade em que se desconfia muito da harmonia interna do elenco com a comissão técnica.
Se ele descontraiu os companheiros na hora da decisão do campeonato gaúcho, não está sendo com certeza uma voz para trazer tranquilidade numa hora de resultados terríveis. Suas atuações são não mais do que comuns, algo que é pouco para as necessidades da equipe.
Ninguém ousa dizer que o experiente lateral é um mau jogador. Sua resposta, contudo, é decepcionante em meio a um Grêmio que precisava dele como jogador e como líder e o está vendo trancar uma promessa que vinha dando certo.