O jogo do Grêmio em São Paulo começou 1 a 0 para o Palmeiras. O gol aos 15 segundos de partida simplesmente destruiu qualquer estratégia do técnico interino Thiago Gomes e perturbou definitivamente uma equipe que vem jogando de maneira confusa e só fez aumentar esta confusão. As ideias que eram incertas do jovem técnico sucumbiram diante da definição precoce do jogo, talvez mostrando que ele ainda precisa amadurecer mais para enfrentar uma tarefa tão árdua quanto a que se viu envolvido.
O resumo do jogo é todo a favor do Palmeiras, sobrando para o Grêmio apenas a virtude da garra, mas desprovida de organização. Ver Douglas Costa correr para todos os lados e terminar a partida extenuado não é um sinal tão positivo, embora comovente. Como ele, outros jogadores se doaram, sofreram e lutaram, mas não foram competentes ou qualificados individual e coletivamente. Os gremistas estão apavorados e isto se justifica.
Entre as grandes decepções estão os laterais, especialmente Rafinha, de que, se esperava muito e se tem nada. No jogo de alta exigência alternou falhas técnicas com perturbações na atitude, o que lhe rendeu a retirada do jogo no intervalo, num acerto do treinador. Na esquerda, Diogo Barbosa apenas fez crescer o coro daqueles que nem conhecem tanto, mas garantem que vale muito experimentar o jovem Guilherme Guedes, missão que fica para a chegada de Luiz Felipe Scolari.
Não se trata mais de alarmismo falar em possibilidade de rebaixamento. Por menos provável que isto seja em função da qualificação do grupo, de uma estabilidade do clube e da providência tomada com a contratação de um novo treinador como Felipão, os números são desastrosos e não há uma razão palpável para se vislumbrar uma recuperação. Por mais que digam que um Gre-Nal pode “arrumar a casa” , não haveria hora pior para haver um clássico.