O Inter está muito bem encaminhado na Copa do Brasil. Ainda que a vantagem adquirida em Salvador contra o Vitória seja de apenas um gol, houve pontos positivos na equipe de Miguel Ángel Ramírez que permitem dar amplo favoritismo para o jogo de volta. Num confronto em que Taison foi o comandante técnico que se espera, as providências tomadas no início da partida pelo treinador mostraram boas respostas e o desempenho, independentemente de alguma fragilidade do adversário, já foi superior ao mostrado contra o Sport, especialmente no segundo tempo, na abertura do Brasileirão.
O principal ponto de observação, e com boa resposta, foi Johnny. Na vaga de Rodrigo Dourado, ele foi muito melhor do que Rodrigo Lindoso, talvez até rivalizando em qualidade com o titular que está machucado. O jovem meio-campista merece respaldo e paciência, pois está ainda se adaptando a uma nova posição. É bom lembrar que, nas categorias de base, ele era meia avançado, maneira como também atua nas seleções dos Estados Unidos. Ao que se vê, vale muito sua capacidade intelectual para ler o jogo e desempenhar múltiplas funções.
Também teve sucesso entre as novidades de Ramírez a colocação de Daniel no gol. Sua contribuição defendendo foi facilitada pela pouca ação do Vitória, mas foi bem quando exigido. O que chamou mais a atenção é que foi muito acionado nas jogadas com os pés e teve bom índice de acerto nos passes, não mostrando perturbação.
O retorno de Patrick foi dentro do esperado. Sua incontestável titularidade não pode ser ameaçada pelo fato de ainda estar sem ritmo de jogo. As iniciativas pessoais, mesmo quando exageradas no individualismo, são únicas no elenco e estavam fazendo falta. Pode se destacar também a volta de Boschilia, que logo será uma opção importante para o treinador. O Inter saiu muito bem de Salvador. Agora o desafio e manter, ou até melhorar, o desempenho para um jogo mais difícil contra o Fortaleza.