Quem quer ser campeão do Brasileirão não pode fazer apenas dois pontos em 15 disputados na abertura do campeonato. Ainda que faltem 33 rodadas para o final da competição, não é exagero abandonar as apostas no time de Tiago Nunes. O problema não está só na tabela. O desempenho é que não recomenda. O jogo contra o Fortaleza, com o goleiro Gabriel Chapecó evitando uma derrota, ilustra isto. A lanterna na tabela incomoda demais, mas certamente não se perpetuará. O problema é que, quando ela se apagar, também deverão estar apagados os sonhos tricolores.
Enquanto se viu na Arena um Douglas Costa começando seu primeiro jogo cheio de vontade, demonstrando sua qualidade superior e a vitalidade de quem quer recuperar um tempo perdido, foi notório também que outras peças não funcionam. A zaga consagrada com Pedro Geromel e Kannemann não dá mais a segurança de antes. Ferreira, numa competição mais qualificada, não repete o protagonismo do Gauchão. Há, entretanto, um setor que segue sem solução há muito tempo, o meio-campo. Ali está sendo decretado o decréscimo de rendimento do todo.
A presença de Thiago Santos, desde o Gauchão, criou a falsa ideia de que os problemas começavam a ser solucionados. Sua queda de produção, juntamente com paradas por lesões, fizeram a equipe andar para trás em desempenho. Junto com isto, segue a irregularidade de Matheus Henrique e a crônica carência de um articulador. Não bastassem estas dificuldades, há uma nítida falta de tranquilidade em finalizações ou tomadas de decisões.
Não bastam estatísticas apresentadas jogo a jogo. O número que conta no Brasileirão é o de pontos. Só quem os tem em grande quantidade é candidato ao título. O Grêmio não tem e já comprometeu sua ambição de ser campeão.