Se o Grêmio não estivesse zerado na tabela do Brasileirão antes da partida contra o Santos, por certo o empate de 2 a 2 na Arena não seria tão lamentado e cobrado. Este é o típico jogo em que a irritação se justifica pelo simples fato da equipe não ter jogado mal, apresentar maior volume do que o adversário, ter desperdiçado gols e realizado sua melhor apresentação no campeonato. A vitória seria algo justo para os gremistas, embora a igualdade não se constitua uma aberração. Aí está o problema. Com uma boa apresentação, os três pontos criariam uma realidade nova, algo que se deixou escapar, talvez sem merecer.
Nas críticas da torcida há alvos conhecidos como o treinador Tiago Nunes que sofreu um abalo na popularidade após a conquista do Gauchão e as atuações ruins desde então. Uma novidade na cobrança é o atacante Ferreira que realmente não mostra atuações como as de antes do Brasileirão. O que não é levado em conta é que contra o ele pesa a recuperação da covid-19 e uma marcação muito mais qualificada dos adversários que agora conhecem seu potencial.
O empate com o Santos deixa menos visível uma atuação muito boa de Victor Bobsin e salienta a indisciplina de Matheus Henrique contra o treinador, independentemente do fato dele ter feito um gol. O chute em curva com enorme qualidade desferido por Marinho e que determinou a igualdade no placar evitou que o Grêmio saísse de campo comemorando o resultado e satisfeito com o desempenho. Render bem e não ganhar irrita quem precisa muito de uma vitória.