Não é uma questão de quanto foi pago na transferência ou o custo mensal que o Grêmio var assumir com apenas um jogador. O retorno de Douglas Costa é o maior negócio de todos os três mandatos seguidos de Romildo Bolzan Júnior no clube. Outros atletas de custo altíssimo foram contratados nos últimos anos como Diego Tardelli, Marinho ou André para citar três que deram resultados pífios.
Douglas Costa na Arena é uma situação inédita, fugindo de alguns estabelecidos e cumpridos regiamente pela diretoria gremista. Recentemente se cogitou e houve animação com uma possível contratação do colombiano Borré. Ela não aconteceu, frustrou, mas não seria nem perto do que o que está ocorrendo agora. Douglas é um gremista que volta para sua casa futebolística muitíssimo maior do que aquele garoto que deixou o antigo Estádio Olímpico para a Ucrânia sem ser uma unanimidade na torcida tricolor. Sempre houve e segue havendo rançosos. Agora nem os mais céticos discutem alguém que é consagrado internacionalmente.
Romildo, com Douglas Costa, qualifica a equipe gremista como nunca fez antes, mesmo com os tais "reforços milionários". É como se um título fosse conquistado, algo que é possível de ser revivido numa futura compra da gestão da Arena. Está contratado um reforço certo na hora correta e de um tamanho necessário para uma equipe que trocou o comando, busca uma nova identidade e que passa a ter uma referência técnica incontestável. Se o Grêmio de Tiago Nunes tenta inaugurar uma nova era pós-Renato, a chegada de Douglas cria uma ideia de ambição, de pujança e de gremismo, pelas manifestações do atleta, poucas vezes vista.