Nunca se pode subestimar um adversário, especialmente no mais imprevisível dos esportes coletivos. Há, porém, lógicas do futebol que não podem ser ignoradas. Em crise no Campeonato Venezuelano, nada se pode esperar do Aragua na partida desta quinta-feira (6) que não um sparring de pouca resistência para o Grêmio de Tiago Nunes. Se lembrarmos o recente confronto gremista contra o Ayacucho, do Peru, na Libertadores, o que se espera agora é algo semelhante àquele 6 a 1.
Tiago Nunes e seus comandados nada têm a ver se o time da Venezuela é fraco. A vitória é mais do que uma obrigação, e uma goleada, uma necessidade — não só pela questão da tabela e da busca da classificação, que já se mostra encaminhada.
Não é jogo para administrar. Um placar elástico vai certamente valorizar opções por jogadores jovens que o treinador deverá utilizar. Também reforçará o moral de uma equipe que até agora só venceu com o atual técnico e que, no domingo, tem um jogo que vale vaga numa final de campeonato.
O Grêmio está em busca do ciclo virtuoso, não importando quem esteja no seu caminho. Pode ser um adversário modesto ou outro mais qualificado. Logo adiante, haverá duelos bem mais difíceis e valiosos, pois decidirão taças e hegemonia.
Ir para cima do Aragua e não poupar o oponente é a melhor receita. Os tricolores precisam conhecer seus limites, mesmo diante de desafios fáceis. O reflexo de uma provável goleada será sentido no Gauchão e até mais tarde, no Campeonato Brasileiro.
Quem estiver diante de uma oportunidade, seja jovem ou experiente, precisa considerar a partida como fundamental. Há um comando novo, e algumas escolhas ainda estão abertas.