Nenhuma lista de favoritos ou candidatos ao título do Brasileirão nos últimos anos deixava de fora o Grêmio. Comandado por Renato Portaluppi, não eram apenas as conquistas do Gauchão que chancelavam tais previsões para o Tricolor.
Havia uma conhecida qualidade coletiva e desempenhos marcantes ainda na memória de todos como na Copa do Brasil de 2016 e na Libertadores 2017. O que acontecia; contudo, derrubando as tendências, era um foco nem sempre prioritário para o campeonato nacional. Isto, ao que tudo indica mudou com os comandos de Marcos Herrmann e Tiago Nunes.
É compromisso do vice-presidente de futebol e do treinador a priorização da disputa brasileira, algo que o torcedor muito pediu e não levou nas últimas temporadas. Uma das maiores provas disto foi o fato do clube não repensar uma contratação valiosíssima como a de Douglas Costa quando foi eliminado na Libertadores.
Copa do Brasil e Sul-Americana só merecerão atenção especial mais, bem mais, adiante e não deverão criar desmobilização no Brasileirão com uso dos chamados times alternativos em muitos jogos. Esta lição foi aprendida, ainda que a equipe nunca tenha ficado fora da principal competição continental. A torcida aceita vaga, mas ela sonha há 25 anos com a taça.
Usando escalações sempre próximas do chamado "time titular", com um elenco que experimentou a qualificação das alternativas com o amadurecimento de uma boa safra de jovens talentos, tendo reforços do peso de um Douglas Costa ou de Rafinha e ainda buscando mais jogadores, há um perfil gremista muito interessante para a competição de pontos corridos.
Pode até que não se considere o Grêmio favorito à disputa. Os milionários Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG saltam na frente, mas a candidatura do campeão gaúcho pode ser colocada ao lado do São Paulo como forte e ambicioso desafiante. Com interesse irrestrito, algo que não vinha acontecendo, as chances aumentam muito para o time de Tiago Nunes.