Não havia tranquilidade, mas uma vantagem no placar. A história era parecida com a do Gre-Nal do último domingo (24) e se tornou muito mais semelhante no início do segundo tempo, quando o Grêmio foi impotente para manter o resultado e, de vitorioso, passou a derrotado. O agravante da partida contra o Flamengo foi que a virada do adversário veio sob forma de caixote e só não teve dimensão maior porque Diego Souza marcou um golaço de falta.
Foram notados pontos de muita gravidade na sequência de insucessos tricolores que culminaram com as duas últimas derrotas. O primeiro deles é o espaço que está sendo deixado quando o Grêmio permite avanço dos adversários. No meio-campo e na defesa, o Flamengo, comandado por Gabigol e Gérson, passeou e por pouco não aplicou uma goleada maior na Arena. Depois de uma atuação um pouco melhor no Gre-Nal, Jean Pyerre voltou a jogar quase nada. Ferreira, embora esforçado, não mostrou o que os que insistem em sua titularidade gostariam de ver. Além disso, não são estapafúrdias as dúvidas que surgem sobre a condição física da equipe.
Há muita coisa a preocupar Renato Portaluppi e os torcedores gremistas, seja para buscar uma vaga de Libertadores pelo Brasileirão, mas principalmente vislumbrando a final da Copa do Brasil. A presença no provável G-7 que levará à disputa sul-americana é uma tendência, mesmo com instabilidade, mas a busca do hexa contra o Palmeiras. Perder não é o maior problema. A discussão é o "como" ser derrotado e o Grêmio criou pânico onde havia desconfiança. Se houve uma "decolagem" prometida e executada, a atual turbulência merecerá um pouso forçado para recarregar baterias, peças ou o motor.