Se os colorados querem ver pontos positivos na atuação diante do Boca Juniors na derrota por um a zero, que valorizem o empenho e a entrega que permitiu ao time ser combativo até o final, mesmo com o placar adverso desde os 17 minutos da etapa final.
Tirando as infelicidades do jovem Zé Gabriel, que encontra dificuldades nítidas e sem solução ao atuar pelo lado esquerdo da defesa, não dá para se taxar como desastrosa a apresentação do Inter. O que aconteceu no Beira-Rio foi a vitória de quem é melhor e teve mais qualidade coletiva. Tudo o que se dizia antes do jogo acontecer.
O Inter jogou o que pôde, até melhorou em relação a partidas anteriores, mas isto é pouco diante de um Boca que, se não é maravilhoso como em outros tempos, praticamente garantiu de maneira antecipada a classificação ao natural. O drama colorado é que não há correções radicais a serem feitas para a volta em Buenos Aires. Na zaga, Victor Cuesta estará de volta na próxima semana, mas de que adiantará isto? Muito pouco. Quase nada.
Edenílson seguirá fora. O retorno de Abel Braga, se confirmado, não deixa de ser algo positivo, mas não se pode taxar de definitivo. A eliminação colorada da Libertadores está por se consumar, salvo algo totalmente improvável. Só um ataque de soberba dos argentinos, aliado a uma nova atuação de brio dos colorados, pode desequilibrar o confronto.
O maior problema maior reside num contexto que o está tirando da Libertadores mas que já desenhava isto com antecedência.
Há uma queda livre no Brasileirão, uma desarticulação já anunciada no departamento de futebol, a eliminação na Copa do Brasil e a natural inconformidade do torcedor. Não adianta dizer que na noite de quarta-feira (2) Marcelo Lomba fez grandes defesas, que Rodrigo Moledo foi bravo ou que Dourado mostrou que está a caminho da recuperação plena.
As boas notícias coloradas são insuficientes e o cenário não se mostra capaz de animar.