Eram 14 horas desta terça-feira (13) quando o Inter publicou em seus grupos de comunicação a notícia da presença de Rodrigo Dourado na relação de jogadores que estarão em Recife para o jogo contra o Sport. Isto é muito mais do que uma simples informação, é motivo de alegria para todos os colorados, para a comunidade do esporte em geral e, é claro, melhor ainda para o volante e ex-capitão do time. Dourado deixou de jogar no dia 10 de julho do ano passado e agora vê seu drama chegando ao fim.
Estar na delegação que viaja não significa que nesta quarta-feira (14) na Ilha do Retiro ele vá fazer a seu retorno ao time, mas isto, no momento não é o que mais interessa. Depois de 461 dias e mais o período anterior, desde que sofreu a lesão no joelho num jogo contra o Palestino no dia 9 de abril, Rodrigo Dourado está no ambiente de uma partida de futebol. Muito mais do que o reforço técnico, talvez solução, que Eduardo Coudet vai ter para seu meio-campo, um atleta profissional está se libertando da limitação física para exercer sua profissão.
Rodrigo Dourado e seu drama extrapolou a esfera esportiva e enveredou para o sentimento humano de quem o acompanha. Um grande jogador, mas acima de tudo um profissional correto, um cidadão, um jovem cidadão, e com muito futuro numa carreira que já tem, entre outras conquistas, uma medalha de ouro. Não se sabe quantos pontos o Inter conquistará em Recife, mas Dourado já saiu com a vitória.
Se pensarmos volante propriamente dito, a julgar pelo que já mostrou, Rodrigo Dourado é um projeto de titular para Coudet. Ele sabe fazer a função de protetor e tem boa saída de jogo, até com algumas chegadas à frente. É uma arma poderosa na bola aérea, tanto defensiva como ofensiva. O volante certamente demorará um pouco para chegar a sua condição plena e corre o risco de não atingir seu nível anterior à lesão da mesma maneira que o fazia. Isto; contudo, é coisa para um futuro próximo e para respostas dentro do campo a partir de agora, não mais em hospitais ou sesões de fisiotrerapia.