O Grêmio está pagando o preço de sua grandeza e de sua necessidade. O mercado internacional sabe que o clube precisa urgentemente de um centroavante para servir de alternativa ou disputar posição com Diego Souza. A partir disso, qualquer nome cogitado, admitido ou não pelos dirigentes gremistas, ganha uma valorização muitas vezes não merecida.
Diego Churín tem se mostrado um bom jogador no Cerro Porteño, reúne características próprias de centroavante e se faz merecedor da sondagem ou até de uma proposta. Aí surge o problema: o valor estabelecido pelos paraguaios é exorbitante.
O equivalente a R$ 11 milhões é muito caro para um jogador de currículo não mais do que mediano e que está prestes a completar 31 anos. A idade, neste caso, obriga ao atacante que venha e resolva todos os problemas gremistas, porque sua contratação não significa a possibilidade de revenda valorizada.
Em casos de fracassos caríssimos que o Grêmio teve recentemente no setor de ataque com Marinho, André e Diego Tardelli, havia pelo menos um consenso de que se tratavam de jogadores com grandes momentos de protagonismo no Brasileirão ou até passagens por Seleção Brasileira.
Claro que foram bem mais dispendiosas estas contratações. E Diego Churín? Não custa tanto, mas é quase um desconhecido para valer o que pedem. Seu caso não é o único. Vale o mesmo para o sondado Facundo Ferreyra, que está sobrando no Benfica, mas tem preço de artigo de vitrine.
Foi muito importante o que disse o técnico Renato Portaluppi, que não é o responsável por indicações como Churín ou Ferreyra: salientou que "não adianta contratar por contratar, mas é preciso resolver".