A relação entre Diego Tardelli e o Grêmio acabou. Sem ter começado. O meia-atacante vindo da China para ser o cara do time, na verdade, nunca chegou por completo. Não me lembro de Tardelli estar de corpo e alma por aqui. Nunca esteve, era nítido. Talvez porque imaginasse que desembarcaria de volta ao Brasil para ser o centro da equipe. Mas encontrou um outro cenário.
Primeiro que a constelação já tinha estrelas estabelecidas. Segundo, como ele próprio admitiu, porque o futebol jogado por aqui estava acelerado demais e foi difícil embarcar nele para um jogador de 33 anos, que voltava de quatro anos no futebol chinês.
Para o Grêmio, a rescisão foi a melhor solução para um jogador que virou um peso pesado na folha, se levarmos em conta a relação custo/benefício. O primeiro ano de Tardelli custou cerca de R$ 15 milhões ao Grêmio. Um valor alto para um rendimento mediano. Em 47 jogos, sendo 27 deles como titular, fez apenas sete gols. Ainda haveria mais dois anos de contrato, com custo financeiro que passaria de R$ 30 milhões.
Por tudo isso, o Grêmio encontrou uma solução e tanto ao definir com Tardelli a rescisão do vínculo. Até porque a contratação de um novo centroavante dependia de liberação da receita que, hoje, é aplicada em nomes como Tardelli e André.
Um conselheiro muito próximo do núcleo do poder gremista resumiu bem o cenário: para chegarem novos jogadores, é preciso sair alguém. A primeira parte da reengenharia foi cumprida.